Prisão temporária

Homem de 43 anos estava foragido desde o dia 8 de agosto

Ele é investigado por tentativa de feminicídio e de homicídio

Rafael Fioravanti
20/08/2024 às 05:25.
Atualizado em 20/08/2024 às 05:25
Mandado de prisão temporária foi cumprido ontem, pela DDM (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Mandado de prisão temporária foi cumprido ontem, pela DDM (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Policiais civis da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba deram cumprimento a um mandado de prisão temporária em desfavor do homem investigado por tentativa de feminicídio e de homicídio. O investigado de 43 anos estava foragido desde o dia 8 de agosto, ocasião em que ele desferiu tiros em direção ao carro da ex-esposa, que estava acompanhada de um amigo. De acordo com a Polícia Civil, o crime teria ocorrido na avenida Cruzeiro do Sul, no bairro Nova Piracicaba.

No dia seguinte, a DDM deu cumprimento a mandados de busca na empresa do investigado, onde um arsenal de R$ 700 mil foi localizado e apreendido. Além de munições e equipamentos, o arsenal era composto por três revólveres, seis pistolas, dois fuzis, duas espingardas, uma carabina e seis rifles.

De acordo com a DDM, o preso foi recolhido à carceragem do 1º Distrito Policial, onde permanecerá até o final das investigações.

Em coletiva de empresa realizada na manhã desta segunda-feira (19), a delegada titular da DDM, Olívia dos Santos Fonseca, informou que o investigado foi localizado no Distrito Industrial, zona norte de Piracicaba. “Ele ficará temporariamente preso por 30 dias, que é o tempo que temos para finalizar os elementos de formação. Ao final de tudo isso, ele será interrogado sobre os fatos, pois, além do inquérito da tentativa de feminicídio e da tentativa de homicídio, temos também um inquérito em aberto para apurar a questão das armas que foram apreendidas na empresa e outro inquérito para apurar a legalidade dessas armas”, informou.

A delegada Olívia Fonseca disse ainda que o investigado não possui porte, o que significa que ele não poderia estar com os armamentos fora de sua residência.

O advogado do investigado, João Luis Biscalchim Junior, nega tanto as tentativas de feminicídio e de homicídio. Ele também alega que seu cliente tem colaborado com as investigações desde o início, tanto que, no momento da apreensão das armas na empresa, foi ele quem forneceu todas as senhas dos cofres à polícia, além de ter informado os locais onde as armas estavam guardadas.

“A defesa vai demonstrar, no curso processual, que não existiu nenhuma tentativa de feminicídio e de homicídio. Ele não se apresentou antecipadamente por conta dessas referências que ainda precisamos consertar nos depoimentos, sem falar que existe a necessidade de maiores apurações”, explica o advogado.

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