MUITO DINHEIRO

Impostômetro: R$ 178 mi de impostos pagos

Na cidade, o mês que registrou o maior apetite de arrecadação foi janeiro

Marcelo Rocha
igpaulista@rac.com.br
05/07/2016 às 10:43.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:07

Placar eletrônico permite ao consumidor acompanhar os impostos pagos (Divulgação)

Nesta terça-feira (5), o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informará que o valor de cargas tributárias pagas no Brasil desde o dia 1º de janeiro atinge a marca de R$ 1 trilhão. Do início do ano até esta segunda-feira (4), por volta das 20 horas, o município de Piracicaba já havia arrecadado mais de R$ 178 milhões em impostos, taxas e contribuições das mais diversas. No ano passado, a marca trilionária em âmbito nacional foi alcançada seis dias antes (29 de junho). O atraso, na avaliação da ACSP, deve-se à queda de arrecadação e à desaceleração econômica do País. Em Piracicaba, até agora o mês deste ano que registrou o maior apetite em relação a impostos foi janeiro, com mais de R$ 35 milhões sendo remetidos aos cofres públicos. O mês de junho é o vice-campeão de arrecadação, com R$ 29,4 milhões. Durante o ano de 2015, o valor total de arrecadação na cidade de Piracicaba atingiu mais de R$ 347 milhões. Em 2014, a arrecadação no município alcançou R$ 312,829 milhões. De acordo com o empresário Jorge Aversa, segundo-vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi) e vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), “o País necessita de uma reforma tributária urgentemente”. “Os tributos são muito mal distribuídos, o repasse para Estados e municípios é muito pouco diante de sua arrecadação”, declara. Piracicaba, avalia Aversa, ainda “tem uma situação privilegiada, porque conta com grandes empresas que pagam ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros impostos. Mas, no geral, Estados e municípios hoje estão quebrados”. O Brasil, acrescenta Aversa, precisa definir rapidamente sua situação, tanto política quanto econômica. “No atual cenário, infelizmente prevalece a falta de confiança interna e externa”, declara o empresário, que frisa ser apartidário. “Temos que nos conscientizar e nos impormos enquanto cidadãos”, afirma. Estado e Capital Até o início da noite desta segunda-feira, somente o Estado de São Paulo havia arrecadado mais de R$ 372 bilhões em impostos desde o dia 1º de janeiro, que representam 37,33% do valor total recolhido no Brasil. Na capital paulista, o Impostômetro registrava R$ 11,971 bilhões às 19h30 desta segunda-feira. O Impostômetro - placar eletrônico criado em 2005 - registra a soma de tributos e impostos, taxas e contribuições pagos nas esferas municipal, estadual e federal. Envolve, por exemplo, a soma de ICMS, Imposto de Renda (IR), Imposto Sobre a Propriedade de Veículos (IPVA), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), entre outros tantos.

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