Cerca de 150 indígenas armados com lanças ocuparam uma importante estação de petróleo na Amazônia peruana nesta quarta-feira (30) para exigir cuidados médicos do governo no contexto da pandemia do novo coronavírus, informou a empresa estatal Petroperú
Cerca de 150 indígenas armados com lanças ocuparam uma importante estação de petróleo na Amazônia peruana nesta quarta-feira (30) para exigir cuidados médicos do governo no contexto da pandemia do novo coronavírus, informou a empresa estatal Petroperú.
"Cerca de 150 pessoas entraram ilegalmente nas instalações da Estação 5 do Oleoduto Norperuano (ONP), onde permanecem como parte de sua medida de força", informou a Petroperú em nota.
A empresa disse que por precaução evacuou os funcionários da estação, sem especificar o número. A fábrica está localizada na região amazônica de Loreto, a cerca de 1.000 km de Lima.
A empresa alertou "sobre os graves perigos aos quais os manifestantes, que estão estacionados dentro de uma instalação industrial de alto risco, estão se expondo".
A estatal explicou que os manifestantes permanecem "muito próximos aos reservatórios de óleo, onde são proibidas atividades que gerem fontes de ignição, como o uso de telefones celulares e o manuseio de materiais".
A Petroperú pediu às autoridades que evacuassem a estação e protegessem a infraestrutura do gasoduto que transporta petróleo da Amazônia ao Pacífico.
Membros das comunidades indígenas Chapra, Kandshi, Kichwa, Shawi, Achuar, Awajun e Wampis chegaram ao amanhecer à estação de petróleo.
Eles exigem que a receita total gerada pela atividade petrolífera na área seja destinada aos gastos sociais com as comunidades indígenas, assim como propõem a construção de um hospital.
"Há apenas atas de compromisso. Durante a pandemia fomos os últimos a ser tratados", ressaltou o líder indígena Rosemary Pioc à imprensa.
Ocupações e ataques a instalações petrolíferas têm sido frequentes nos últimos anos na floresta peruana.
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