NADA BOM

Indústria da região perde 850 postos de trabalho

O número diz respeito a junho, em um comparativo ao mês de maio

Ana Cristina Andrade
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
18/07/2016 às 11:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:05
Scarso diz que, de junho de 2015 a junho deste ano, houve redução de 5,4 mil vagas  (Ana Cristina Andrade)

Scarso diz que, de junho de 2015 a junho deste ano, houve redução de 5,4 mil vagas (Ana Cristina Andrade)

O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Regional de Piracicaba, divulgou na última sexta-feira o balanço do nível de emprego industrial em junho, que ainda apresentou um resultado negativo em relação ao mês anterior. A variação, de acordo com Homero Scarso, gerente regional, ficou em -1,77%, o que significou uma queda de aproximadamente 850 postos de trabalho. Segundo ele, no ano, há um acumulado de -2,74%, o que representa uma queda de aproximadamente 1,2 mil postos de trabalho. "Nos últimos 12 meses - de junho de 2015 a junho de 2016 - o acumulado é de -10,73%, o que significa uma redução de cerca de 5,4 mil postos de trabalho", declarou. Scarso disse que o nível de emprego industrial na diretoria regional do Ciesp em Piracicaba, no mês de junho, foi influenciado pelas variações negativas de produtos alimentícios (-3,72%), máquinas e equipamentos (-1,97%), produtos minerais não-metálicos (-0,60%) e veículos automotores e autopeças (-0,97%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do indicador total da região. Scarso diz acreditar que ainda não haverá uma melhora nos índices, a curto prazo, porque tem um processo político maior que precisa ser definido, que é a questão do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. “O Senado entrou em recesso e só volta em agosto”. O panorama da Economia mostra que a política está prejudicando. No que diz respeito aos alimentos especificamente, segundo ele, variação negativa mostra que a população está deixando de comprar coisas básicas. “Isso também tem acontecido no setor de vestuário. Antigamente, se comprava uma peça A ou B. Hoje, o cenário é: se conseguir comprar uma peça, é bastante”. Nem mesmo para o segundo semestre, de acordo com Homero Scarso, é possível garantir que haverá melhora. “Essa questão passa por definições que a Câmara dos Deputados irá começar a discutir a partir de agosto”. As três melhores São José do Rio Preto está positiva no que diz respeito à Indústria de máquinas materiais elétricos (4,42%) e artigos do vestuário e acessórios (3,95%). Em segundo lugar, vem Marília, com destaque nos setores de borracha e plástico (2,20%) e produtos alimentícios. Em terceiro, surge Jacareí, com produtos alimentícios (1,14%) e produtos químicos (1,50%).

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