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Ingleses começam a se vacinar contra a covid-19, que já infectou 20 milhões de europeus

O Reino Unido começou nesta terça-feira (8) a vacinar sua população contra a covid-19, a primeira campanha desse tipo em um país ocidental, enquanto a Europa, em meio à segunda onda, já ultrapassou os 20 milhões de infecções

AFP
08/12/2020 às 15:52.
Atualizado em 24/03/2022 às 03:52

O Reino Unido começou nesta terça-feira (8) a vacinar sua população contra a covid-19, a primeira campanha desse tipo em um país ocidental, enquanto a Europa, em meio à segunda onda, já ultrapassou os 20 milhões de infecções.

No Reino Unido, o momento desejado e "histórico" foi traduzido em uma imagem: Margaret Keenan, uma mulher de 90 anos, sentada em uma poltrona com o braço estendido, conversando baixinho com uma enfermeira em um hospital de Coventry em Inglaterra central.

"Me sinto muito privilegiada por ser a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19. É o melhor presente de aniversário antecipado que poderia esperar", declarou Kenan diante dos fotógrafos, uma semana antes de celebrar seus 91 anos.

A mulher foi a primeira paciente do mundo a receber a vacina dos laboratórios americanos Pfizer e German BioNTech no país mais enlutado da Europa, com 62 mil mortos.

Outra vacina que dá muita esperança é a desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade Britânica de Oxford, a primeira cujos testes foram endossados nesta terça-feira pela revista científica The Lancet, confirmando uma eficácia média de 70%.

A Rússia começou no fim de semana a administrar sua vacina, denominada Sputnik V, ainda em fase de ensaios clínicos, e a China também fornece uma vacina experimental a um grupo reduzido da população.

Esta notícia encorajadora chega quando a pandemia já deixa mais de 1,5 milhão de mortes em todo o mundo e 67 milhões de infecções, mais de 20 milhões das quais foram registradas na Europa desde o surto do vírus no início de 2020, de acordo com uma recontagem da AFP com base em dados oficiais, nesta terça-feira às 10h15 (de Brasília).

Existem atualmente 51 vacinas candidatas, 13 delas em fase final de ensaios clínicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera que a vacina não deve ser obrigatória, exceto em circunstâncias profissionais específicas.

Nos Estados Unidos e na União Europeia, órgãos reguladores anunciarão suas aprovações em breve e os países poderão iniciar suas campanhas de vacinação, provavelmente a partir de janeiro.

No Brasil, o estado de São Paulo planeja lançar sua campanha no dia 25 de janeiro, com a vacina chinesa CoronaVac, que está em fase final de estudos.

O Brasil é o segundo país com mais mortes por coronavírus (mais de 177.000), atrás dos Estados Unidos, com mais de 283.000 óbitos e quase 15 milhões de casos até o momento.

Na Califórnia, o governador Gavin Newsom decidiu restabelecer o confinamento no sul do estado, onde vivem mais de 20 milhões de pessoas, para evitar que os hospitais fiquem "sobrecarregados", pois as unidades de terapia intensiva já estão 85% ocupadas.

Já a cidade de Nova York reabriu as escolas primárias, embora as autoridades estejam considerando fechar restaurantes novamente, devido à retomada da epidemia.

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