Os ingleses foram chamados nesta quarta-feira (13) para voltar ao trabalho se não puderem fazê-lo de casa, entre outras medidas de relaxamento de um confinamento que continua até junho, mas que agora permite banhos de sol, ou jogar golfe
Os ingleses foram chamados nesta quarta-feira (13) para voltar ao trabalho se não puderem fazê-lo de casa, entre outras medidas de relaxamento de um confinamento que continua até junho, mas que agora permite banhos de sol, ou jogar golfe.
Segundo país com mais mortes por COVID-19, o Reino Unido totaliza 32.692 óbitos desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde.
O saldo real pode ser muito maior, porém, já que o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) contabilizou entre 21 de março e 1º de maio 36.473 casos em que a certidão de óbito indicava a doença como provável causa da morte.
Tem havido uma redução no número de infecções e mortes diárias, assim como de internações hospitalares. Diante dessa tendência e dado o alto custo econômico do confinamento imposto em 23 de março, o primeiro-ministro Boris Johnson decidiu flexibilizar as medidas antes de iniciar um desconfinamento em 1º de junho.
Nessa data, espera-se a reabertura das escolas primárias e dos comércios; e, partir de julho, dos "estabelecimentos públicos", como restaurantes e salões de beleza.
As medidas de flexibilização, que a oposição denunciou como "confusas" e "contraditórias", aplicam-se apenas à Inglaterra.
As nações semiautônomas da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte vão decidir sua própria retirada do confinamento e rejeitam o plano de Johnson.
Trabalhadores de setores como construção, ou indústria, foram chamados a voltar ao trabalho, desde que os empregadores garantissem medidas de distanciamento social.
Muitas empresas afirmam não saber como fazer isso, e os sindicatos se opõem a um retorno, enquanto a segurança não puder ser garantida.
As televisões mostravam imagens de ônibus lotados e muitos passageiros sem máscara.
O governo desaconselhou o uso de um transporte público com capacidade reduzida e sugeriu que as pessoas usem máscara, embora não seja obrigatório.
O parlamentar escocês Ian Blackford criticou o primeiro-ministro pela "confusão generalizada entre o povo e total desrespeito deste governo pela segurança".
"Muitos, infelizmente, viram as imagens dos ônibus de Londres lotados nesta manhã", disparou durante a sessão semanal de perguntas no Parlamento.
"Não quero ver superlotação no transporte público, na capital, ou em qualquer outro lugar", respondeu Johnson.
"Estamos trabalhando muito ativamente com a Transport London para garantir mais capacidade. Desencorajamos as pessoas a trabalharem na hora do rush e pedimos mais metrôs, mais trens", acrescentou.