ECONOMIA

IPCA-15 fica em 0,23% em agosto, ante 0,30% em julho, revela IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,23% em agosto, após ter avançado 0,30% em julho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Estadão Conteúdo
25/08/2020 às 13:15.
Atualizado em 25/03/2022 às 15:12

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,23% em agosto, após ter avançado 0,30% em julho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta foi o maior resultado do indicador para o mês desde 2017, quando subiu 0,35%. No mês de agosto de 2019, o IPCA-15 tinha subido 0,08% segundo os dados divulgados pelo IBGE. Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses passou de 2,13% em julho para 2,28% em agosto, o resultado mais elevado desde abril, quando a taxa foi de 2,92%. Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 0,90% no ano.

Os descontos nas mensalidades escolares decorrentes da suspensão das aulas presenciais em meio à pandemia do novo coronavírus deram a principal contribuição para arrefecer a inflação medida pelo IPCA-15) em agosto.

O grupo Educação teve uma deflação de 3,27%, o equivalente a uma contribuição negativa de 0,21 ponto porcentual para a taxa de 0,23% do IPCA-15 no mês.

Os descontos concedidos por diferentes instituições de ensino desde o início da pandemia foram apropriados pelo IPCA-15 apenas em agosto. Os preços dos cursos regulares recuaram 4,01%. A maior queda foi observada na pré-escola (-7,30%), seguida por cursos de pós-graduação (-5,83%), educação de jovens e adultos (-4,74%) e ensino superior (-3,91%).

Transportes

Os combustíveis mais caros ainda pressionaram o orçamento das famílias em agosto. O grupo Transportes passou de um aumento de 1,11% em julho para uma elevação de 0,75% este mês, dentro do IPCA-15. O grupo deu a maior contribuição para a taxa de 0,23% do IPCA-15 de agosto, o equivalente a 0,15 ponto porcentual.

Os preços dos combustíveis subiram 2,31%. A gasolina avançou 2,63%, item de maior impacto individual positivo, uma pressão de 0,12 ponto porcentual sobre a inflação. O óleo diesel ficou 3,58% mais caro, enquanto o gás veicular subiu 0,47%. Por outro lado, o etanol caiu 0,28%.

As passagens aéreas ficaram 1,88% mais baratas em agosto. Também recuaram o transporte por aplicativo (-6,75%) e o seguro de veículo (-1,92%, com impacto de -0,02 ponto porcentual no IPCA-15 de agosto).

Alimentação

As famílias voltaram a gastar mais com alimentação e bebidas em agosto. O grupo Alimentação e bebidas passou de um recuo de 0,13% em julho para um aumento de 0,34% em agosto, uma contribuição de 0,07 ponto porcentual no IPCA-15 deste mês.

Os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,61%, impulsionados especialmente pelos aumentos nas carnes (3,06%), leite longa vida (4,36%) e frutas (2,47%). Arroz (2,22%) e pão francês (0,99%) também subiram. Por outro lado, as famílias pagaram menos pelo tomate (-4,20%), cebola (-8,04%), alho (-8,15%) e batata-inglesa (-17,16%, com impacto de -0,03 ponto porcentual no IPCA-15).

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