O Irã autorizou a sair do país a tripulação de um petroleiro sul-coreano apreendio há um mês em águas do Golfo, anunciou nesta terça-feira (2) a chancelaria iraniana, que o descreveu como um "ato humanitário"
O Irã autorizou a sair do país a tripulação de um petroleiro sul-coreano apreendio há um mês em águas do Golfo, anunciou nesta terça-feira (2) a chancelaria iraniana, que o descreveu como um "ato humanitário".
"Em um ato humanitário por parte do Irã, foi autorizada a saída da tripulação do petroleiro sul-coreano acusado de poluir o meio ambiente do Golfo Pérsico", declarou o porta-voz da chancelaria, Saeed Khatibzadeh.
A decisão foi tomada em resposta a um "pedido do governo sul-coreano e com a cooperação do poder judicial" do Irã, acrescentou, destacando que o caso do petroleiro e de seu capitão ainda estão sendo analisados.
O porta-voz iraniano não especificou se os membros da tripulação já deixaram o território.
As forças iranianas apreenderam o "Hankuk Chemi" e detiveram os 20 membros da tripulação em 4 de janeiro perto do estratégico Estreito de Ormuz, acusando-os de poluir as águas.
A confiscação do petroleiro ocorreu depois que Teerã pediu a Seul para desbloquear milhões de dólares de fundos congelados pelas sanções americanas.
O porta-voz do governo iraniano acusou a Coreia do Sul de bloquear 7 bilhões de dólares de fundos (cerca de 5,8 bilhões de euros).
O Irã era um dos principais provedores de petróleo da Coreia do Sul até que Washington proibiu a compra desse produto desse país.
O Irã nega qualquer vínculo entre a apreensão do petroleiro, o primeiro da Marinha iraniana em um ano, e a questão dos fundos bloqueados na Coreia do Sul.
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