Israel voltava, neste domingo (7), a uma certa normalidade, faltando 15 dias para eleições, graças a uma campanha massiva de vacinação e medidas para sair do confinamento com um retorno às aulas e a possibilidade de comer em um restaurante
Israel voltava, neste domingo (7), a uma certa normalidade, faltando 15 dias para eleições, graças a uma campanha massiva de vacinação e medidas para sair do confinamento com um retorno às aulas e a possibilidade de comer em um restaurante.
Essas medidas, aprovadas pelo governo no sábado à noite, eram muito esperadas pelos israelenses desde a saída gradual do país de seu terceiro confinamento, em meados de fevereiro.
"Aberto" ou "Volta à normalidade, com cautela" eram as manchetes dos principais jornais nacionais.
"É um grande dia, abrimos os restaurantes com o passaporte verde, estamos voltando à vida", comemorou neste domingo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sentado na área externa de um café em Jerusalém ao lado do prefeito da Cidade Santa, Moshe Leon.
Os bares e restaurantes já podem reabrir para quem tem o chamado "passaporte verde", autorização concedida a quem já recebeu duas doses da vacina ou se curou da covid-19.
Essa reabertura chega no momento certo para Netanyahu, que joga a carta da "Nação da Vacina", um retorno à normalidade favorecido pela vacinação em massa, na tentativa de ganhar as legislativas de 23 de março, as quartas em menos de dois anos.
As últimas pesquisas dão ao seu partido, o Likud (direita), o primeiro lugar, mas sem apoio suficiente, por enquanto, para formar um governo com seus aliados.
Mais da metade dos 9,3 milhões de israelenses receberam a primeira dose da vacina Pfizer/BioNtech, à qual Israel tem acesso privilegiado sob um acordo para compartilhar dados biomédicos sobre os efeitos da vacinação. E cerca de 40% dos israelenses receberam a segunda dose.
Segundo as novas medidas para aliviar as restrições, os alunos poderão retornar às salas de aula em áreas onde a taxa de contaminação continua baixa.
As restrições aos locais de culto também foram relaxadas: 50 pessoas ao ar livre e 20 no interior. Também estão em processo de reabertura salões de festa e refeitórios de hotéis, que poderão acomodar até 50% de sua capacidade, com um máximo de 300 pessoas.
Os eventos culturais e esportivos e as conferências poderão ser retomadas com um máximo de 500 pessoas no interior e 750 no exterior, mediante apresentação do "passaporte verde".
O aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, fechado desde o final de janeiro, exceto para voos de carga e especiais que permitem um máximo de 200 pessoas voltando para casa por dia, aumentou sua capacidade para 1.000 viajantes diários de Nova York, Frankfurt, Paris, Londres, Kiev, Toronto e Hong Kong.
Espera-se que esse número suba para 3.000 até o meio da semana.
A campanha de vacinação, que começou em 19 de dezembro, reduziu o número de infecções de um pico de 10.000 por dia em meados de janeiro para cerca de 3.600 por dia na semana passada, com queda nos testes positivos.