A justiça britânica suspendeu nesta quinta-feira até 18 de maio o julgamento do pedido de extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, que os Estados Unidos querem julgar por espionagem após a publicação de centenas de milhares de documentos confidenciais
A justiça britânica suspendeu nesta quinta-feira até 18 de maio o julgamento do pedido de extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, que os Estados Unidos querem julgar por espionagem após a publicação de centenas de milhares de documentos confidenciais.
As audiências, que começaram na segunda-feira e terminaram um dia antes do planejado, serão retomadas por três semanas a partir de meados de maio no tribunal de Woolwich, leste de Londres.
A decisão da juíza Vanessa Baraitser deve ser anunciada no verão (boreal).
Assange, de 48 anos, reclamou nos últimos dias de não poder falar com seus advogados com a privacidade que gostaria. Como todos os réus, deve conservar de dentro de uma cabine de vidro.
Nesta quinta-feira, ele pediu para se sentar ao lado deles, o que lhe foi negado. "Não posso passar instruções", reclamou o australiano.
A magistrada enfatizou, porém, que há várias possibilidades, desde anotações escritas até suspensão da vista, para permitir que se comuniquem como bem entenderem.
Assange é acusado de espionagem nos Estados Unidos por publicar em 2010 mais de 700.000 documentos classificados sobre as atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos, principalmente no Iraque e no Afeganistão.
Se for extraditado, enfrenta uma pena de até 175 anos de prisão sob as leis anti-espionagem de 1917 e por ciberpirataria.
Os advogados de Assange denunciam um processo político baseado em "mentiras".
Assange foi preso em abril de 2019 após quase sete anos de asilo na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou após violar as condições de sua liberdade condicional, por medo de ser extraditado para os Estados Unidos.
jj-acc/mb/mr