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Júri assiste a imagens fortes da detenção de George Floyd gravadas pela polícia

Imagens chocantes das câmeras corporais dos policiais acusados de matar George Floyd, um homem negro de 46 anos cuja morte gerou protestos contra o racismo em todo o mundo, foram mostradas ao júri nesta quarta-feira (31)

AFP
05/04/2021 às 22:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 01:17

Imagens chocantes das câmeras corporais dos policiais acusados de matar George Floyd, um homem negro de 46 anos cuja morte gerou protestos contra o racismo em todo o mundo, foram mostradas ao júri nesta quarta-feira (31).

Os vídeos gravados pelas câmeras dos quatro policiais envolvidos na prisão de Floyd em 25 de maio de 2020 foram divulgados pelos promotores no terceiro dia do julgamento do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin.

As imagens mostram o momento em que Floyd é detido por supostamente usar uma nota falsa de 20 dólares em uma loja. As súplicas da vítima, que diversas vezes afirma não conseguir respirar enquanto é imobilizado com o rosto colocado no asfalto, também foram ouvidas.

Os outros três policiais envolvidos, Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao, serão julgados em agosto por "cumplicidade em homicídio".

O vídeo da câmera corporal de Lane mostra Floyd dizendo "por favor, não atirem", enquanto é retirado de seu carro do lado de fora de uma loja onde comprou um pacote de cigarros.

Em seguida, Floyd é algemado e levado para uma viatura polícial quando começa a ficar mais angustiado e inquieto com os agentes, que tentam colocá-lo no banco de trás do veículo.

"Em sou claustrofóbico, cara", diz Floyd repetidas vezes. "Não faz isso comigo".

Depois que Floyd cai na rua, ele é imobilizado por três agentes e Chauvin se ajoelha em seu pescoço.

A câmera corporal de Chauvin sai do lugar na confusão e cai sob o veículo, mas as câmeras dos outros policiais continuam funcionando.

Floyd diz repetidamente que não consegue respirar. "Mãe, eu te amo", diz ele. "Meu estômago dói, meu pescoço dói."

A certa altura, um dos policiais diz: "Acho que ele desmaiou" e pergunta se eles deveriam "colocá-lo de lado".

As imagens da câmera corporal continuam até que uma ambulância chega e leva Floyd inconsciente para o hospital, onde ele foi declarado morto.

Além do vídeo das câmeras corporais, o julgamento contou nesta quarta-feira com o testemunho emocionado de um jovem caixa da loja que disse se arrepender de ter aceitado a nota falsificada de US$ 20 de Floyd.

"Se eu simplesmente não tivesse aceitado a nota, isso poderia ter sido evitado", lamentou Christopher Martin.

"Pensei que George realmente não sabia que era uma nota falsificada", contou ele. "Achei que estava fazendo um favor".

O caixa, porém, explicou que contou ao gerente da loja o que havia ocorrido e seu chefe chamou a polícia.

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