O Reino Unido e a União Europeia concordaram em facilitar a circulação de bens entre a ilha da Grã-Bretanha e a região britânica da Irlanda do Norte caso não cheguem a um acordo comercial pós-Brexit, explicou Londres nesta quarta-feira (9)
O Reino Unido e a União Europeia concordaram em facilitar a circulação de bens entre a ilha da Grã-Bretanha e a região britânica da Irlanda do Norte caso não cheguem a um acordo comercial pós-Brexit, explicou Londres nesta quarta-feira (9).
O comércio na Irlanda do Norte foi um importante ponto de discórdia desde o início do processo do Brexit, devido à necessidade de evitar o ressurgimento de uma fronteira física com a vizinha República da Irlanda, país-membro da UE.
Tal infraestrutura pode representar uma ameaça ao frágil acordo de paz que em 1998 encerrou três décadas de um conflito sangrento, graças em grande parte à livre circulação de todos os irlandeses e suas mercadorias entre o norte e sul da ilha.
Levando em considerção que a partir de 1o de janeiro, quando o Reino Unido cortará laços definitivamente com a UE, os bens britânicos poderiam entrar no mercado único europeu através da Irlanda do Norte, surgiu a perspectiva de impor tarifas a todas as mercadorias que chegassem lá procedentes da Grã-Bretanha.
Mas para Londres isso é inaceitável, já que representaria uma separação administrativa entre a Irlanda do Norte e o restante do país.
O acordo do Brexit bateu de frente por muito tempo com esse obstáculo, que até terça-feira pesava também nas negociações comerciais pós-Brexit.
Mas o ministro britânico Michael Gove confirmou nesta quarta-feira que no dia anterior havia alcançado um acordo com Bruxelas para que o comércio com a Irlanda do Norte "esteja livre de qualquer tipo de tarifa".
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