Desespero, lágrimas, luto e desemprego. O coronavírus, que já cobrou mais de dois milhões de vidas em um ano em todo o mundo, semeia a tristeza e a desolação e paralisa a vida econômica
Desespero, lágrimas, luto e desemprego. O coronavírus, que já cobrou mais de dois milhões de vidas em um ano em todo o mundo, semeia a tristeza e a desolação e paralisa a vida econômica. Dez fotos da AFP, tiradas este mês, refletem esta realidade cruel.
MEISSEN, 20 de janeiro de 2021:
"Neste momento, recebemos 400 (caixões) em uma semana para cremar", duas vezes mais que a quantidade habitual, disse Jörg Schaldach, diretor do crematório de Meissen, ao leste da Alemanha. "Aqueles que negam o coronavírus, que venham e nos ajudem a transportar os caixões. Nossas mãos têm carregado 750 toneladas de mortos".
MANAUS, 20 de janeiro de 2021:
"Sábado foi o pior dia", conta em Manaus (Amazônia, Brasil) Roberto Freitas, de 32 anos. "Um funcionário municipal me disse que o oxigênio não chegaria a tempo e que já poderia chamar um caminhão frigorífico para buscar o corpo. Só me resta chorar", lamenta.
TÓQUIO, 19 de janeiro de 2021:
"Não tem mais trabalho. Nada!", diz à AFP um trabalhador da construção, Yuishiro, de 46 anos. "No Japão, a imprensa não fala disso com frequência, mas muita gente dorme em estações de trem, entre caixas. Alguns morrem de fome".
APPLE VALLEY, Califórnia, 13 de janeiro de 2021:
"É sem dúvida alguma o momento mais sombrio de toda minha carreira. Não há dúvidas" afirma Kari McGuire, enfermeira que supervisiona os cuidados paliativos do hospital no condado rural de Apple Valley. "É astronômico, nunca tinha visto antes uma quantidade semelhante de mortos".