Mãe denuncia atendimento na UPA da Vila Cristina (CCS)
Rosilda Maria da Silva, moradora do Parque Sabiás, questiona o atendimento prestado ao seu filho na UPA da Vila Cristina e denuncia “negligência médica” pela morte de Adeuso Francisco de Lima, de 36 anos. Ele faleceu na noite de domingo (15). Pouco tempo antes, ela havia enviado, pelo WhatsApp, áudios ao vereador Cássio Fala Pira (PL), num verdadeiro pedido de socorro. Adeuso tomava remédio controlado e fazia tratamento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial).
Na mensagem, ela contou que há quatro, cinco dias encaminhava o filho para a UPA, pedindo ajuda e que eram feitos exames e ele voltava para casa.
“Hoje pedi internamento para ele e me falaram que ele estava bem e de repente meu filho entra em estado de choque, em coma, agora ele está na sala de emergência e ninguém quer deixar eu ver ele. Se meu filho morrer... Eu pedi, eu implorei e ninguém fez nada. Agora ele está lá dentro e eu não sei como ele está. Eu preciso saber como ele está, por favor preciso que o senhor cheque essa informação. Por favor, estou desesperada”, disse chorando. Em seguida, num outro áudio, ela informava que o filho tinha acabado de falecer.
O sepultamento de Adeuso foi na tarde de ontem, no cemitério da Saudade. Ela contou para a Gazeta que do dia 12 até o dia 15, dia do falecimento, levou o filho à Unidade de Saúde. Disse que ele tinha “febre, vômito, garganta e barriga bem grande, não estava nem conseguindo andar e o adômen dolorido”. Segundo a mãe, foi receitado para ele “dipirona, amoxilina e cefalexina, e falaram que o caso não era de internação”.
Ontem à tarde, o vereador disse que vai encaminhar o caso para Ministério Público para “investigar essa morte e o porquê desses dias todos indo e voltando sem pedir uma internação para acompanhar e até mesmo encaminhar aos hospitais de referência da cidade para um melhor acompanhamento e tratamento. Saber de fato a causa da morte”.
OSS Mahatma Gandhi
Consultada sobre o corrido, a Organização Social Mahatma Gandhi, que administra a UPA do Vila Cristina, respondeu:
“É preciso registrar que todas as queixas formalmente relatadas à gestão do Hospital Mahatma Gandhi nas unidades de saúde são recebidas e apuradas mediante sindicância interna. Não obstante isso, em análise ao prontuário do paciente em referência, nota-se que logo no primeiro atendimento e nos subsequentes foram realizados os exames, laboratoriais e de imagem, compatíveis com os sintomas, queixas e anamnese; assim, foi seguida conduta médica e tratamento medicamentoso para sintomático”.