Marcelo Maciel, 40, autor da morte da engenheira Laise Vieira de Andrade, 33, ocorrida no quarto de um hotel da avenida Independência, se entregou ontem à polícia
Marcelo Maciel, 40, já está recolhido e deverá ser ouvido hoje de manhã em audiência de custódia; a prisão temporária tem validade até o dia 29 deste mês (Mateus Medeiros)
Uma equipe de militares da Força Tática de Piracicaba levou ontem, para a Delegacia de Defesa da Mulher, Marcelo Maciel, 40, investigado pelo assassinato da engenheira Laise Vieira de Andrade, 33, ocorrido na manhã da última terça-feira (29), no quarto de um hotel da avenida Independência.
Maciel, que estava hospedado no hotel no dia do crime, e teria saído dizendo na recepção que voltaria mais tarde, inclusive para liberar a limpeza do quarto, se entregou às 11h40 num imóvel da rua Águas de São Pedro, no bairro Perdizes, região do Cecap.
A delegada de polícia Olívia dos Santos Fonseca, que está à frente do caso, disse que ele ainda não se manifestou sobre os fatos e deverá falar ao final do inquérito. No final, quando ele prestar depoimento, o que disser será confrontado com as provas.
Ela não descartou a hipótese de Maciel ter recebido o apoio de alguém, após ter fugido do escritório de um advogado onde, inicialmente, teria dito que iria se entregar.
“A gente acredita que ele tenha tido o apoio de alguém para fugir, mas, vamos levantar, agora, esse local onde ele se apresentou para a Polícia Militar, se era uma residência dele ou emprestada”, declarou a delegada.
No dia do crime, Laise foi encontrada caída no quarto, vestida somente da cintura para baixo, calçada, com um lixinho de banheiro sobre o rosto, um saco plástico na cabeça e uma garrafa plástica de refrigerante - de 250 ml - na boca.
O laudo pericial apontou que ela foi asfixiada, esganada, teve um leve trauma de crânio, lesões na boca com perda de dentes e lesão na mão por suposta tentativa de defesa.
A vítima, que no dia 17 de outubro havia sido levada com ele à Delegacia de Defesa da Mulher, por ocasião de denúncia de ameaça, não quis representar contra o namorado naquele dia. Mas, a Polícia Civil requereu uma medida protetiva e no dia seguinte ela foi concedida. Porém, ao saber que Laise e Maciel continuavam mantendo contato, até por mensagens, o Poder Judiciário revogou a medida.
Maciel vai permanecer sozinho numa cela, até o término do prazo da prisão temporária - previsto para dia 29 deste mês. A delegada poderá pedir a prorrogação da temporária ou representar pela preventiva.
Caso esta última seja concedida, ele deverá permanecer preso até a data do julgamento.