INTERNACIONAL

Mais de 30 soldados do Mali morrem em suposto ataque 'jihadista'

Pelo menos 31 soldados malineses morreram na segunda-feira (15), no nordeste do país, perto das fronteiras com Burkina Faso e Níger - revela um novo balanço divulgado nesta quarta (17) sobre o ataque mais mortal atribuído aos extremistas islâmicos contra as forças de segurança do país neste ano

AFP
18/03/2021 às 18:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 08:00

Pelo menos 31 soldados malineses morreram na segunda-feira (15), no nordeste do país, perto das fronteiras com Burkina Faso e Níger - revela um novo balanço divulgado nesta quarta (17) sobre o ataque mais mortal atribuído aos extremistas islâmicos contra as forças de segurança do país neste ano.

O balanço anterior era de 11 mortos, 11 desaparecidos e 14 feridos.

O ataque aconteceu ao meio-dia de segunda-feira contra o posto de revezamento de Tessit, a sudoeste de Ansongo.

O revezamento caiu em uma emboscada armada por 100 homens a bordo de SUVs e motocicletas, informou o Exército nas redes sociais.

"O novo balanço é de 31 soldados malineses mortos. Os feridos foram transportados para Gao", disse à AFP um comandante local, que pediu para não ser identificado.

"Do lado dos terroristas, encontramos 13 mortos no chão, e (os terroristas) saíram com outros corpos", relatou.

Este total pode aumentar, segundo outras fontes que falam em mais vítimas nas fileiras do Exército. Nos últimos anos, essa força militar perdeu centenas de homens em ataques.

Um documento oficial consultado pela AFP fala em 33 mortos e 14 feridos. Já um político local menciona 34 soldados falecidos.

Desde 2012 e da eclosão das rebeliões separatistas e, depois, de extremistas islâmicos no norte, o Mali mergulhou em uma violenta espiral que deixou milhares de civis e combatentes mortos, além de centenas de milhares desabrigados. E isso apesar do apoio da comunidade internacional e da intervenção das forças da ONU, africanas e francesas.

A crise se estendeu a Burkina Faso e Níger.

Na segunda-feira, 58 pessoas morerram no oeste do Níger em ataques atribuídos a extremistas contra civis que voltavam do mercado e contra uma aldeia, a 100 quilômetros de Mali, nessa mesma área conhecida como "as três fronteiras".

Essa região, palco de mortíferas ações de grupos afiliados à Al-Qaeda e à organização Estado Islâmico (EI), é alvo, desde janeiro de 2020, de um grande esforço militar da força francesa Barkhane e de seus sócios no Sahel - sobretudo, contra o Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).

A França diz ter infligido duros golpes ao EIGS, assim como à Al-Qaeda e suas afiliadas, também ativas no Sahel.

O setor de Ansongo, onde aconteceu a emboscada na segunda-feira, é considerado mais uma área onde o EI está atuando.

No centro do Mali, outro foco de violência no Sahel, dez soldados malineses foram mortos em 3 de fevereiro em um ataque a seu posto em Boni.

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