Cinco escolas foram as primeiras a reiniciarem as aulas nesta quinta-feira na região metropolitana de Santiago, após estarem fechadas desde março por conta do coronavírus, mas os alunos voltaram a apenas três delas, devido a reclamações de alunos e pais contrários à medida e à presença da imprensa
Cinco escolas foram as primeiras a reiniciarem as aulas nesta quinta-feira na região metropolitana de Santiago, após estarem fechadas desde março por conta do coronavírus, mas os alunos voltaram a apenas três delas, devido a reclamações de alunos e pais contrários à medida e à presença da imprensa.
Nenhum aluno chegou ao colégio El Llano, na comuna de Pirque, ao sul de Santiago. Fora do recinto, uma dezena de jornalistas e cinegrafistas esperavam em vão pelos alunos.
Apenas um aluno compareceu à escola primária de San Juan, na mesma comuna, mas voltou ao ver a presença da imprensa, enquanto 20 alunos frequentaram outras três escolas em Pirque.
"Aconteceu uma coisa muito curiosa: em três escolas os pais nos disseram que enquanto a imprensa estiver lá as crianças não irão", disse o prefeito da comuna, Cristian Balmaceda.
O que aconteceu em Pirque foi descrito como um "papelão" pelo presidente do Colégio de Professores, Mário Aguilar.
"O papelão do retorno às aulas em Pirque mostra que não é uma política adequada para forçar o povo. O Chile mudou, o povo não aceita mais medidas arbitrárias ou irracionais só porque os poderosos assim decidem", opinou.
A mensagem foi respondida pelo ministro da Educação, Raúl Figueroa: "A verdade, senhor Aguilar, é que os alunos vieram de forma totalmente voluntária para as aulas presenciais na comuna de Pirque. E mesmo que só tivesse chegado um, é dever do Ministério da Educação garantir a continuidade da sua aprendizagem".
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