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Mais tensão e detidos em Minneapolis após morte de jovem afro-americano em ação policial

Minneapolis teve a segunda noite de protestos, apesar do início de um toque de recolher na cidade do norte dos Estados Unidos, agitada após a morte supostamente acidental de um jovem negro em uma ação policial, ao mesmo tempo que acontece o julgamento pelo assassinato de George Floyd

AFP
18/04/2021 às 01:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 00:28

Minneapolis teve a segunda noite de protestos, apesar do início de um toque de recolher na cidade do norte dos Estados Unidos, agitada após a morte supostamente acidental de um jovem negro em uma ação policial, ao mesmo tempo que acontece o julgamento pelo assassinato de George Floyd.

Dezenas de manifestantes se reuniram e gritaram frases contra o racismo diante de uma delegacia de polícia de Brooklyn Center, o subúrbio onde Daunte Wright foi morto no domingo.

Os manifestantes desafiaram a polícia através da cerca instalada ao redor da delegacia e exibiram cartazes com frases como "Prendam todos os policiais assassinos racistas", "Eu sou o próximo" e "Sem justiça não há paz".

A polícia usou gás lacrimogêneo em vários momentos e ordenou a dispersão dos manifestantes. Quarenta pessoas foram detidas e integrantes das forças de segurança sofreram ferimentos leves, de acordo com fontes policiais.

Além do toque de recolher decretado pelos prefeitos das cidades de Minneapolis e Saint Paul e nos três condados da área metropolitana, incluindo Hennepin, onde aconteceu o incidente, mil soldados da Guarda Nacional patrulham as ruas para evitar mais distúrbios.

Esta foi a segunda noite consecutiva de protestos em Minneapolis, depois que Wright, 20 anos, morreu ao ser atingido por um tiro da polícia quando dirigia ao lado da namorada.

Durante um controle de trânsito, uma agente "sacou a arma de fogo ao invés do taser", uma pistola elétrica imobilização, e atirou, afirmou o comandante da polícia da localidade, Tim Gannon.

"Foi um tiro acidental que resultou na trágica morte" de Wright, disse Gannon.

Autoridades judiciais do estado de Minnesota publicaram em um comunicado a identidade da agente envolvida. Kimberly Potter, policial de Brooklyn Center há 26 anos, foi suspensa.

No vídeo do incidente, registrado pela câmera da policial, os agentes retiram o jovem do veículo e tentam algemá-lo. Mas ele resiste e volta a sentar o carro. É possível ouvir a policial gritar "Taser, Taser". Mas o que se ouve é um tiro.

"Que merda, eu atirei nele", afirma a oficial, enquanto Wright, mortalmente ferido, avança com o carro, que bateu algumas ruas adiante.

Não é possível determinar como a agente confundiu a arma com o taser.

O presidente Joe Biden chamou a morte de "trágica", mas advertiu contra qualquer possível manifestação violenta. "Não há "absolutamente nenhuma justificativa para saques", disse.

A nova morte reacendeu o trauma de uma cidade que sofreu várias noites de incidentes após a morte do afro-americano George Floyd em 25 de maio de 2020.

As partidas da NBA, MLB e NHL previstas para segunda-feira na região foram suspensas.

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