INTERNACIONAL

Manifestantes são expulsos da sede do Ministério da Cultura de Cuba

Cerca de trinta manifestantes cubanos foram expulsos na manhã desta quarta-feira (27), quando se encontravam em frente à sede do Ministério da Cultura em Havana, dois meses depois de um protesto histórico diante dessa instituição, informaram as autoridades cubanas

AFP
27/01/2021 às 20:44.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:09

Cerca de trinta manifestantes cubanos foram expulsos na manhã desta quarta-feira (27), quando se encontravam em frente à sede do Ministério da Cultura em Havana, dois meses depois de um protesto histórico diante dessa instituição, informaram as autoridades cubanas.

Em nota divulgada no noticiário da televisão estatal, o Ministério da Cultura (Mincult) indicou que trabalhadores daquela instituição "confrontaram [os manifestantes] e os expulsaram do local".

Um jornalista da AFP descobriu que os arredores do ministério estavam cercados por policiais uniformizados e à paisana, bem como por algumas patrulhas policiais, e que um grupo de manifestantes foi removido em um ônibus oficial.

De acordo com o ministério, três porta-vozes "designados" de um grupo de jovens artistas e intelectuais tinham um encontro marcado para dialogar, mas as autoridades pediram que outras 30 pessoas que compareceram e ficaram do lado de fora do ministério se retirassem.

"Diante da recusa e da evidente intenção de criar-se um show midiático, os trabalhadores da organização entraram em confronto e expulsaram o grupo do local", informou o comunicado transmitido pela televisão.

Em um vídeo publicado pelos mesmos manifestantes no Twitter, observa-se como o Ministro da Cultura, Alpidio Alonso, tem uma forte discussão com os jovens, pouco antes de serem expulsos do local.

Os manifestantes expulsos estão entre os 300 artistas, incluindo alguns membros do Movimento San Isidro (MSI), que fizeram uma manifestação em frente ao Mincult em 27 de novembro para exigir o diálogo pela liberdade de expressão e criação na ilha.

Em nota divulgada nesta quarta-feira em sua página do Facebook, o chamado Movimento 27N enfatiza que "não renunciamos às demandas daquela noite", e exige "o fim do assédio, da repressão, da censura, do descrédito, da difamação, assim como de atos de repúdio contra seus membros."

rd/lp/rs/am

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