EMPREGOS COM CARTEIRA

Março negativo de vagas no trabalho formal

O único setor que não demitiu tanto foi a Administração Pública

Adriana Ferezim
adriana.ferezin@gazetadepiracicaba.com.br
25/04/2016 às 10:14.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:29
Está bastante difícil, para as pessoas, encontrar um emprego formal (Antonio Trivelin)

Está bastante difícil, para as pessoas, encontrar um emprego formal (Antonio Trivelin)

O mês de março fechou com um saldo negativo de 282 postos de trabalho comparado a fevereiro deste ano. Foram 4.148 admissões e 4.430 demissões, que resultaram na variação de -0,24% do nível de emprego de Piracicaba. O primeiro trimestre do ano segue essa queda. Houve a perda de 94 empregos, uma redução de -0,08%, em janeiro, fevereiro e março. Nesse período ocorreram 12.062 contratações e 12.156 desligamentos. Esses dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), indicam que o resultado é o segundo pior identificado no município desde 2004. A análise é do professor Francisco Constantino Crócomo, coordenador do Banco de Dados Socioeconômicos do curso de ciências econômicas da Faculdade de Gestão e Negócios (FGN) da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Segundo ele, em março de 2014 foi registrada a pior queda do nível do emprego do ano, com menos 349 postos de trabalho. Já o trimestre, com mais demissões que contratações, ocorreu em 2009, com redução de 272 vagas. “Esses resultados indicam que, em 2009, foi o auge da crise econômica mundial e, em 2014, o recomeço da crise econômica no País. A expectativa para este ano não é boa. Deve ficar de estável para ruim”, comentou. Segundo ele, as pessoas que perdem o emprego passam a se virar com ocupações informais ou recolocações com salários menores. “Todos têm de continuar tocando sua vida, mas a retomada da economia depende das decisões políticas”, afirmou. Crócomo relatou que a indústria de transformação - que segurou o índice do emprego em janeiro e fevereiro, porque procurou reter os seus talentos -, em março, fechou 382 postos de trabalho (-1,02%). Admitiu 772 pessoas e demitiu 1.154. Setores A Agropecuária segurou a redução das perdas do mês porque contratou 455 pessoas, um crescimento de 32,38% comparado a fevereiro, com 485 novas vagas contra 30 fechamentos. O setor de Serviços fechou 185 empregos (1.267 admissões e 1.452 demissões). O Comércio ficou com saldo negativo de 178 postos (1.042 contratações e 1.220 desligamentos). A Construção Civil também teve redução de 13 vagas (499 admissões e 512 demissões). A Administração Pública contribuiu contratando 39 pessoas e desligando 16, saldo positivo de 23 empregos. Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.

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