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Meghan pensou em suicídio e sugere racismo na família real britânica

Meghan Markle afirmou ter sido alvo de uma "campanha de desprestígio" de uma família real que a levou a pensar em suicídio, enquanto Harry declarou estar "realmente decepcionado" com a falta de apoio do pai, o príncipe Charles

AFP
08/03/2021 às 06:11.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:31

Meghan Markle afirmou ter sido alvo de uma "campanha de desprestígio" de uma família real que a levou a pensar em suicídio, enquanto Harry declarou estar "realmente decepcionado" com a falta de apoio do pai, o príncipe Charles.

Meghan e Harry, que se casaram em 2018 e que deixaram a Inglaterra há um ano, abandonando seus deveres como membros da família real, concederam uma entrevista de duas horas a Oprah Winfrey, que foi exibida no domingo pelo canal CBS dos Estados Unidos, onde o casal mora.

Meghan, de 39 anos, afro-americana, disse que a família de seu marido estava "preocupada" com o "quão escura" seria a pele de seu filho, Archie, antes de seu nascimento em 6 de maio de 2019.

"Nos meses em que estava grávida (...) tivemos uma série de conversas sobre que "ele não receberia segurança, ele não teria um título" e também preocupações e conversas sobre o quão escura seria sua pele quando nascesse", disse Meghan.

Ela acrescentou que o Palácio de Buckingham se negou a conceder proteção à criança, apesar da tradição, e revelou que teve pensamentos suicidas na época.

"Eu não queria mais estar viva", declarou, sem conter as lágrimas. E acrescentou que quando informou à família real que estava lutando e que precisava de ajuda profissional, recebeu como resposta que "não poderia, que não seria bom para a instituição".

Ao mesmo tempo, Harry, 36 anos, disse que ficou "realmente decepcionado" com a falta de apoio de seu pai diante de toda a situação, "porque ele passou por algo similar. Ele sabe como se sente a dor".

"Minha maior preocupação era que a história se repetisse", afirmou, em referência à separação de seus pais e ao trágico destino de sua mãe, a princesa Diana, que morreu em 1997 em um acidente de trânsito em Paris quando o motorista do carro em que ela estava com o namorado tentava escapar dos paparazzi.

A entrevista do casal para Oprah recorda a que Diana concedeu ao canal BBC em 1995, na qual admitiu que traiu Charles com o oficial do exército James Hewitt.

Harry disse que sempre amará o pai - herdeiro do trono - e o irmão, o príncipe William, que estão "presos" às convenções da monarquia. "Não podem sair. E tenho grande compaixão por isso".

Também disse que ele e Meghan fizeram "todo o possível" para permanecer na família real. "Fico triste com o que aconteceu, mas me sinto confortável sabendo que fizemos tudo o que podíamos para que funcionasse", destacou".

"Oh, meu Deus, fizemos todo o possível para protegê-los", comentou Meghan, que revelou ter se casado com Harry três dias antes da cerimônia oficial e que o segundo filho que o casal espera é uma menina.

Meghan denunciou uma "verdadeira campanha de desprestígio" por parte da monarquia, mas não atacou pessoalmente os membros da coroa.

Ela disse que, ao contrário do que informou a imprensa britânica, não foi ela que fez Kate, duquesa da Cambridge, chorar, e sim o contrário durante um incidente antes de seu casamento e que Kate pediu desculpas pouco depois.

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