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Mensagem de Natal deve 'mexer' com as pessoas

Data costuma deixar as pessoas mais emotivas, algumas mais receptivas, outras mais introspectivas

Da Redação
24/12/2022 às 08:54.
Atualizado em 24/12/2022 às 08:57
Natal deve despertar sentimentos bons nas pessoas (Divulgação)

Natal deve despertar sentimentos bons nas pessoas (Divulgação)

Quando se fala em Natal, as pessoas costumam pensar em presentes em volta da árvore, decoração especial com muitas luzes, às vezes a representação do presépio, a mesa farta e a família e os amigos reunidos para comemorar. Segundo a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Sueli Cominetti Corrêa, há muito o que se considerar sobre a celebração, inclusive sobre a época em que ocorre.

“Dezembro é um período que já traz expectativas por conta das férias escolares e profissionais e que promove, pelo próprio contexto, proximidade entre as pessoas e alegria pela ausência das pressões diárias. As pessoas tendem a ficar mais disponíveis e entusiasmadas quando têm o ‘dia para elas’. É também a época de fechamento de ciclos como o do ano escolar, metas, ano-exercício nas empresas etc. Um período que encerra muita dedicação e que precisa de um 'balanço', uma análise do que foi vivido, atingido, conquistado. Crianças ‘passam de ano e mudam de série’, pessoas concluem compromissos. Por si só, é uma época, de reflexão”, conta a especialista.

Gerações

A docente também lembra que a representação do Natal é transmitida de geração para geração e que já faz parte da tradição dos brasileiros. Mas além do período, vem revestido de muito significado: enquanto termo, a palavra remete à ideia de nascimento/renascimento. Se fazemos reflexões sobre as conquistas e etapas vencidas, também é uma época que remete a um balanço interno, do que foi bom ou não.

“Vai além da análise do que foi alcançado no plano profissional, acadêmico ou do dia a dia, a data pode fazer as pessoas ponderarem sobre a própria vida, o sentido dela; o que é importante e se elas estão fazendo o que acreditam ser o certo e o que importa para serem felizes; se estão dedicando tempo para as pessoas que amam e se têm demonstrado seu amor”, explica a psicóloga.

É por isso que vemos pessoas mais introspectivas e outras, mais adeptas às festas, mais sensíveis e emotivas. Para a psicóloga, quando pensamos em tudo isso, entendemos o porquê as festas de fim de ano costumam ser, para muitas pessoas, como um grande marco: de libertação de um ano difícil, a comemoração por conquistas ou então um chamado interno para mudança. “Por tudo isso, o Natal acaba sendo um momento em que as pessoas estão repletas de emoções, podendo agir de forma mais compreensiva, cuidadosa e até carinhosa”, opina a especialista.

E quem não gosta?

Todo mundo deve se curvar às tradições natalinas? A resposta é: não! Assim como “o Grinch”, personagem conhecido na literatura e no cinema, que odeia o Natal, há aquelas pessoas que passam bem longe das comemorações e preferem a introspecção.

Para a psicóloga, isso pode ter origem na própria história da pessoa, nas suas referências e valores, ou até em experiências dolorosas ou tristes. Além disso, as condições atuais da pessoa, como problemas financeiros; situação amorosa e/ou profissional, podem remeter a um movimento interno mais de observação, silêncio e ponderação.

Quem não gosta do Natal não deve ser julgado, mas entendido. “Este é um momento de compreensão e as pessoas devem ser respeitadas em suas individualidades. Para que todos possam aproveitar a data da forma como melhor se sentirem bem, é preciso respeito e aceitação”, finaliza a docente. 

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