INTERNACIONAL

Mercados mundiais pouco animados, apesar dos esforços dos bancos centrais

Na pendência de detalhes do plano de apoio à economia americana, os mercados da Europa e dos Estados Unidos perdiam fôlego nesta quarta-feira logo após a abertura de Wall Street, apesar dos novos e ambiciosos anúncios de vários bancos centrais, incluindo o da Inglaterra

AFP
11/03/2020 às 14:06.
Atualizado em 07/04/2022 às 08:08

Na pendência de detalhes do plano de apoio à economia americana, os mercados da Europa e dos Estados Unidos perdiam fôlego nesta quarta-feira logo após a abertura de Wall Street, apesar dos novos e ambiciosos anúncios de vários bancos centrais, incluindo o da Inglaterra.

Por volta das 15h10 GMT (12h10 de Brasília), o Dow Jones caía 3,84%, a 24.058,57 pontos. O Nasdaq perdia 3,20%, a 8.077,50 pontos. O índice S&P 500 recuava 3,54%, a 2.780,07 pontos.

Terça-feira, Wall Street se recuperou após a pior sessão desde 2008, na expectativa de anúncios importantes para a economia americana que ainda não chegaram.

"A queda do mercado (nesta quarta-feira) é favorecida por informações de que a Casa Branca está indecisa sobre as medidas de apoio econômico a serem adotadas para lidar com as consequências do coronavírus", disse Patrick O"Hare, da Briefing.

Os Estados Unidos "duvidam cada vez mais da real vontade do governo de agir rapidamente" para conter a epidemia, acrescentou Michael Hewson, analista da CMC Markets.

Por volta das 14h30 GMT (11h30 de Brasília), os mercados de ações europeus continuavam em queda após os anúncios positivos do Reino Unido: se Paris (+0,89%) e Frankfurt (+0,49%) conseguiram se manter no verde, Londres (-0,15%), Madri (-0,21%) e Milão (-0,42%) avançavam em terreno negativo.

Antes da tão esperada reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, a redução surpresa da taxa básica de juros decidida pelo Banco da Inglaterra fazia efeito.

Seu governador, no entanto, garantiu que sua instituição estava pronta para "tomar todas as medidas necessárias" para ajudar a economia britânica diante do "choque" da epidemia de coronavírus.

A extensão do corte na taxa de juros britânica foi a maior desde o início de 2009, no auge da crise financeira internacional.

"Se o objetivo era elevar as bolsas de valores europeias na abertura, o plano funcionou", disse Hewson, pressentindo, porém, uma inversão de tendência durante a sessão.

Os investidores estão aguardando uma resposta coordenada das várias autoridades para acalmar os mercados de ações muito nervosos.

Na terça-feira, a UE entrou em ordem de batalha anunciando, entre outras medidas, a criação de um fundo europeu de 25 bilhões de euros destinado a sistemas de saúde, pequenas empresas, mercado de trabalho e "setores vulneráveis de nossa economia", de acordo com a chefe do Executivo europeu, Ursula von der Leyen, ansiosa por aliviar a restrição orçamentária que geralmente pesa sobre os Estados.

A mensagem foi ouvida pela Alemanha, cuja chanceler sugeriu nesta quarta-feira que poderia ser mais flexível em relação ao respeito dos equilíbrios orçamentários.

Roma também anunciou na terça-feira 25 bilhões de euros para combater a epidemia, enquanto o Reino Unido acompanhou seu corte nas taxas com um plano de apoio de 30 bilhões de libras. Finalmente, Ottawa anunciou que liberou um bilhão de dólares canadenses.

Os preços do petróleo, que se recuperaram acentuadamente na terça-feira após a queda do dia anterior, voltaram a cair devido aos sinais de uma intensificação da guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, por trás do colapso da segunda-feira.

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