Milhares de hondurenhos lotaram seis dos 11 mercados que abastecem a capital, Tegucigalpa, nesta sexta-feira (19), antes de os mesmos serem fechados temporariamente por autoridades, que os identificaram como focos de infecção pelo novo coronavírus
Milhares de hondurenhos lotaram seis dos 11 mercados que abastecem a capital, Tegucigalpa, nesta sexta-feira (19), antes de os mesmos serem fechados temporariamente por autoridades, que os identificaram como focos de infecção pelo novo coronavírus.
Grupos de policiais vigiavam as entradas e ruas adjacentes para obrigar vendedores e compradores a manter o distanciamento social antes do fechamento.
"Os mercados estavam como durante as compras de Natal", descreveu o ministro da Saúde, Alba Flores, ao canal 6 da TV local. "A população saía sem distanciamento social e sem máscara", lamentou.
De acordo com o Sistema Nacional de Gerenciamento de Riscos, "diante do risco iminente de contágio em massa", os mercados de Las Américas, Colón, San Isidro, Zonal Belén, Mama Chepa e San Miguel foram obrigados a fechar a partir das 18h desta sexta-feira. Os estabelecimentos irão permanecer fechados até que "apresentem os protocolos exigidos pelas autoridades", acrescentou.
O país da América Central registrava até esta quinta-feira 10.739 casos de COVID-19 e 343 mortes, mas autoridades admitem que há subnotificação, porque sua capacidade de realizar testes é limitada.
A maioria dos hospitais está sobrecarregada com o alto número de pacientes. Nos bairros, equipes médicas trabalham para detectar casos. Em uma única região, 130 pacientes foram confirmados por dia.
O governo mantém o toque de recolher, mas a população pode sair para comprar alimentos, remédios, combustível ou para ir ao banco, de acordo com seu número do documento de identidade.
Honduras tem 9,3 milhões de habitantes, com 70% vivendo na pobreza e 44% na pobreza extrema. A maioria depende da economia informal e é incapaz de obedecer ao confinamento.
O governo impulsionou uma reabertura "inteligente" da economia a partir de 8 de junho, realizada gradualmente, de acordo com o número de infecções em cada região do país.
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