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Metade das crianças do Iêmen sofrerão desnutrição em 2021, alerta a ONU

Metade das crianças de menos de cinco anos sofrerão desnutrição em 2021 no Iêmen, e centenas de milhares delas poderiam morrer por falta de assistência humanitária, alertaram quatro agências da ONU nesta sexta-feira (12)

AFP
12/02/2021 às 11:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:44

Metade das crianças de menos de cinco anos sofrerão desnutrição em 2021 no Iêmen, e centenas de milhares delas poderiam morrer por falta de assistência humanitária, alertaram quatro agências da ONU nesta sexta-feira (12).

O conflito que assola este país da península arábica, pobre mas em uma área estratégica, o afundou na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, com dezenas de milhares de mortos, milhões de deslocados e uma população à beira da fome.

"A desnutrição aguda ameaça metade das crianças menores de cinco anos no Iêmen em 2021", ou seja, cerca de 2,3 milhões de crianças, alertaram a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Delas, 400.000 sofrerão desnutrição aguda severa e poderão morrer se não receberem um tratamento urgente", afirmaram em um comunicado conjunto. Isso representa um aumento de 22% comparado com 2020.

"A cada dia que passa sem fazer nada, mais crianças vão morrer. As organizações humanitárias precisam urgentemente de recursos previsíveis e um acesso livre às populações", disse a diretora-geral da Unicef, Henrietta Fore.

Cerca de 1,2 milhão de mulheres grávidas ou que amamentam também sofrerão desnutrição aguda em 2021, destacaram essas quatro agências da ONU.

Segundo elas, o Iêmen está registrando os piores níveis de desnutrição aguda severa desde a escalada do conflito em 2015, quando a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita começou a interferir em apoio às forças do governo contra os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã.

"A crise no Iêmen é uma mistura tóxica do conflito, do colapso econômico e de uma escassez grave de financiamento para fornecer ajuda vital", lembrou o diretor executivo do PMA, David Beasley.

"Existe uma solução contra a fome: comida e o fim da violência", insistiu.

aem/sc/bfi/es/mis/aa

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