Mianmar começou a libertar mais de um quarto de seus presos, anunciou a Presidência nesta sexta-feira (17), após decisão motivada pelos pedidos para aliviar as prisões superlotadas devido ao medo da propagação do novo coronavírus
Mianmar começou a libertar mais de um quarto de seus presos, anunciou a Presidência nesta sexta-feira (17), após decisão motivada pelos pedidos para aliviar as prisões superlotadas devido ao medo da propagação do novo coronavírus.
O país do Sudeste Asiático concede uma anistia anual a milhares de prisioneiros por ocasião do feriado de Ano Novo em abril. A deste ano é a maior entre as últimas.
E acontece num momento em que governos de todo o mundo - incluindo Estados Unidos, países da Europa e América Latina - enfrentam prisões superlotadas e o medo de uma espiral de surtos atrás das grades.
"Para comemorar o Ano Novo em Mianmar, respeitando o terreno humanitário e a paz das pessoas, a presidente perdoa 24.896 prisioneiros de várias prisões", disse o gabinete presidencial em comunicado nesta sexta-feira.
À medida que a notícia se espalhou, multidões desafiaram a proibição de aglomerações do lado de fora da famosa prisão Insein, de Yangon, na esperança de ver seus parentes libertados.
Usando uma máscara, Ei Nge disse à AFP que foi para a prisão assim que ouviu a notícia. "Eu nem penso no coronavírus. Só quero ver meu filho", disse.
Mianmar confirmou oficialmente 85 casos de COVID-19, incluindo quatro mortos, mas especialistas temem que o número real seja muito maior.
O país instituiu o confinamento nacional e tem havido crescente pressão para libertar presos das prisões, descritas pela organização Human Rights Watch (HRW) como "terrivelmente superlotadas e insalubres".
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