INTERNACIONAL

Migração irregular na Europa caiu 85% pelo coronavírus

O número de travessias ilegais nas principais rotas migratórias da Europa diminuiu 85% em abril em relação ao mês anterior, atingindo cerca de 900, anunciou a Frontex nesta terça-feira (12)

AFP
14/05/2020 às 05:48.
Atualizado em 30/03/2022 às 00:56

O número de travessias ilegais nas principais rotas migratórias da Europa diminuiu 85% em abril em relação ao mês anterior, atingindo cerca de 900, anunciou a Frontex nesta terça-feira (12).

É o número mais baixo desde que a agência europeia de controle de fronteiras começou a coletar esses dados em 2009.

Segundo comunicado da Frontex, essa queda recorde se deve principalmente à pandemia de coronavírus, mas também a atrasos na transferência de dados pelas autoridades nacionais.

Ainda assim, o serviço de imprensa da agência disse à AFP que os atrasos mencionados não foram significativos o suficiente para alterar a tendência.

Nos primeiros quatro meses de 2020, o número total de travessias ilegais de fronteira foi, no entanto, comparável ao ano anterior, e atingiu 26.650.

O maior declínio no número de passagens ilegais de fronteira detectadas na Europa ocorreu em abril na rota migratória do Mediterrâneo oriental.

No mês passado, houve 40 tentativas de atravessar ilegalmente as fronteiras, ou seja, 99% a menos que em março.

Entre janeiro e abril, foram identificadas mais de 11.200 travessias ilegais de fronteira nessa rota, 18% a menos do que no mesmo período do ano anterior.

Os afegãos constituíram o maior grupo de migrantes.

No Mediterrâneo central, foram registrados cerca de 250 casos em abril, 29% a menos que em março.

Nos primeiros quatro meses do ano, o número total de travessias detectadas nessa área atingiu 4.100, três vezes mais que no mesmo período de 2019, segundo a Frontex.

Os migrantes mais numerosos vieram da Costa do Marfim, Bangladesh e Marrocos.

No Mediterrâneo ocidental, as detecções caíram 82% em relação a março. Nos primeiros quatro meses do ano, o número total ultrapassou 3.000, representando uma queda de mais de 50% em relação ao ano anterior.

Argelinos e marroquinos representaram os maiores contingentes.

Nos Balcãs Ocidentais, as passagens ilegais caíram 94% em abril em relação a março. No entanto, seu número total aumentou nos primeiros quatro meses do ano (60% a mais que no mesmo período do ano anterior) e foi de quase 6.000.

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