Um ativista de extrema direita foi detido na terça-feira (19) por conspiração depois da violenta invasão ao Capitólio em 6 de janeiro em Washington, anunciou a justiça americana
Um ativista de extrema direita foi detido na terça-feira (19) por conspiração depois da violenta invasão ao Capitólio em 6 de janeiro em Washington, anunciou a justiça americana.
Thomas Caldwell, de cerca de 60 anos e morador do estado da Virgínia, é acusado de ter organizado um pequeno grupo associado ao movimento "Oath Keepers", que reúne uma miríade de grupos violentos antigovernamentais de todo o país, para entrar "voluntariamente" no prédio do Congresso.
A violência de 6 de janeiro foi caótica, desorganizada e típica de um motim espontâneo.
Mas os vídeos, fotos e comunicações analisados desde que a invasão lançada pelos partidários de Donald Trump sugerem um inquietante nível de preparação e organização, característico de grupos milicianos que habitualmente treinam com armas e com táticas de guerra de guerrilhas.
Segundo a investigação da polícia federal, Caldwell, que parece ter "um papel de lidernaça nos Oath Keepers", "planejou e coordenou" sua ação ao designar um hotel na região de Washington para seus supostos cúmplices.
"É uma boa localização e nos permitiria caçar de noite se quiséssemos", explicou em uma mensagem publicada em 1º de janeiro no Facebook.
Entre seus cúmplices, o FBI cita uma mulher, Jessica Watkins, e um homem, Donovan Crowl, que foram detidos na segunda-feira em Ohio e são acusados de ter invadido um prédio restrito.
Jessica Watkins, uma militar da reserva de 38 anos e membro de uma milícia de Ohio, publicou mensagens e fotos em 6 de janeiro em que aparece com equipamento antidistúrbios perto do Capitólio.
"Eu, antes de forçar a entrada no Capitólio", explica em sua conta no Parler. "Sim, invadimos o Capitólio", acrescentou depois em sua conta, afirmando ter "criado fatos históricos".
Donovan Crowl, um ex-membro da Marinha de 50 anos da mesma milícia de Watkins, também admitiu publicamente sua presença durante o ataque em uma entrevista com a revista New Yorker.
Ele disse que foi a Washington "garantir a segurança de um VIP" que não identificou, e afirmou que suas intenções eram "pacíficas".
Cerca de 90 pessoas foram indiciadas, inclusive pelo menos cinco por "conspiração", após o ataque ao Congresso, que deixou cinco mortos.
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