INTERNACIONAL

Ministro cubano critica uso da cultura 'para fins subversivos'

O ministro da Cultura de Cuba, Alpidio Alonso, previu nesta quarta-feira (10) o fracasso do que disse serem tentativas de usar a cultura para fins subversivos contra a revolução, após duas manifestações nos últimos meses pela liberdade de expressão na ilha

AFP
10/02/2021 às 20:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:37

O ministro da Cultura de Cuba, Alpidio Alonso, previu nesta quarta-feira (10) o fracasso do que disse serem tentativas de usar a cultura para fins subversivos contra a revolução, após duas manifestações nos últimos meses pela liberdade de expressão na ilha.

Ao comemorar os 60 anos do discurso conhecido como Palavras aos Intelectuais, proferido em 1961 por Fidel Castro para marcar os rumos da política cultural de Cuba, Alonso anunciou um extenso programa de atividades artísticas e intelectuais para promover o "diálogo e a crítica responsáveis" entre os criadores.

"Sabemos o que nossa cultura representa diante das tentativas de recolonização lançadas contra nossos povos, não ignoramos os esforços e recursos milionários que se utilizam para usar a cultura para fins subversivos contra a revolução. Eles vão fracassar", discursou o ministro.

O evento ocorre em um momento de tensão entre o governo e um grupo de artistas e intelectuais que exigem liberdade de expressão.

Um deles foi o protesto pacífico sem precedentes de 27 de novembro que conseguiu reunir cerca de 300 criadores.

Semanas atrás, Alonso protagonizou um confronto polêmico com um grupo de manifestantes e chegou a tomar o telefone celular de um jovem. O incidente foi registrado em um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais.

No início deste mês, dois ativistas entregaram à Assembleia Nacional do Poder Popular uma carta com mais de mil assinaturas para solicitar um processo de cassação de Alonso como Ministro da Cultura.

O ministro destacou nesta quarta-feira que os jovens são parte fundamental da política cultural cubana e considerou o momento como uma oportunidade para aprofundar o diálogo "que continua sendo necessário".

Cerca de vinte artistas e intelectuais o acompanharam na Biblioteca Nacional José Martí, mesmo local onde Fidel Castro fez o seu discurso há 60 anos.

lp/rd/ll/am

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