Os ministros das Finanças europeus concordaram nesta segunda-feira em reforçar a capacidade financeira e os poderes do fundo de resgate da zona do euro, reforma que estava estacionada há um ano devido a reticências italianas e à pandemia
Os ministros das Finanças europeus concordaram nesta segunda-feira em reforçar a capacidade financeira e os poderes do fundo de resgate da zona do euro, reforma que estava estacionada há um ano devido a reticências italianas e à pandemia.
"Há decisões, principalmente na UE, que parecem tão técnicas que é difícil ver seu impacto político de imediato: o acordo de hoje é uma delas", assinalou o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, para quem a reforma "reforça o euro e o conjunto do setor bancário europeu".
O princípio de uma reformulação desse fundo, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), foi amplamente aceito pela eurozona no fim de 2019, com exceção da Itália, por razões de política interna. A discussão ficou estacionada posteriormente devido à pandemia.
O MEE foi criado em 2012, durante a crise de dívida da eurozona, para ajudar países como a Grécia, que enfrentavam problemas de financiamento nos mercados. A instituição irá reforçar, agora, sua capacidade financeira e aumentar seus poderes em matéria de vigilância dos países em dificuldade.
O Mecanismo também irá assumir o papel de "emprestador de último recurso" para os bancos em dificuldade se as reservas do Fundo Único de Resolução - alimentado pelos bancos - resultar insuficiente. Esta capacidade será implementada em 2022, em vez de 2024, como previsto inicialmente.
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