Carrapatos: riscos

Moradora do Nova Piracicaba alerta sobre a quantidade próxima ao rio Piracicaba

A moradora contou que, um dia dessa semana, seu marido foi com o seu filho levar a cachorra para passear num desses espaços, na avenida Cruzeiro do Sul, e os carrapatos começaram a subir aos montes neles e na cachorra

Da Redação
05/02/2024 às 17:13.
Atualizado em 05/02/2024 às 17:15
Moradora do Nova Piracicaba alerta sobre a quantidade de aracnídeos nas praças próximas ao rio (Divulgação)

Moradora do Nova Piracicaba alerta sobre a quantidade de aracnídeos nas praças próximas ao rio (Divulgação)

Uma moradora do bairro Nova Piracicaba ligou à redação da Gazeta para alertar sobre a grande quantidade de carrapatos nas áreas próximas ao rio e também sobre o número de capivaras que, conforme observa, vem aumentando consideravelmente. Ela contou que famílias de capiravas ficam andando não só na beira do rio. "Elas atravessam a avenida e ficam em praças e rotatórias próximas", observa. 

A moradora contou que, um dia dessa semana, seu marido foi com o seu filho levar a cachorra para passear num desses espaços, na avenida Cruzeiro do Sul, e os carrapatos começaram a subir aos montes neles e na cachorra. “Meu filho de oito anos ficou desesperado”, contou.

O seu alerta é por conta do bloco da Salomé que passou por ali e de outros que vão acontecer em áreas onde as capivaras transitam, como na Rua do Porto. Ela afirma que não existe placa alertando sobre os carrapatos nessas áreas, além margem, no Nova Piracicaba. Disse também que conhece pessoas que pararam de andar na Cruzeiro do Sul por conta dos carrapatos. Uma até teve febre maculosa.

A Gazeta percorreu a avenida Cruzeiro do Sul, ontem, e identificou sete placas alertando sobre riscos de carrapatos. Todas estão entre a rampa do Navegantes e esquina da rua dos Crisântemos, na margem do rio Piracicaba. De lá até a Ponte do Morato, numa extensão de dois quilômetros, não há nenhuma placa. 

Secretaria da Saúde

A Gazeta questionou a posição da Secretaria de Saúde com relação à preocupação da leitora. Confira a resposta:
"A Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, informa que todas as áreas de risco para a incidência de carrapato-estrela na cidade estão devidamente identificadas com placas de alerta a população. Após estudo realizado pela equipe do CCZ, ficou entendido a necessidade de colocar novas placas e revitalizar as mais antigas, desta forma, já está em processo de licitação a compra destes materiais. É importante lembrar que, além das placas, todas as equipes da rede pública de saúde passam por capacitação contínua e estão preparados para atender os casos suspeitos e confirmados da doença.

Quanto a avenida Cruzeiro do Sul, ela está devidamente equipada com placas de alerta ao longo do seu percurso, principalmente, na região onde aconteceu o pré-carnaval no último fim de semana conforme citada pela reportagem.
Também é importante frisar que o manejo e controle de populações naturais de capivaras - hospedeira do carrapato-estrela vetor de transmissão da febre maculosa - instaladas em áreas abertas, onde há a presença de rios ou outros mananciais, ainda é um assunto de muitos estudos e discussões entre os maiores pesquisadores no assunto no mundo. Já o controle desses parasitas no ambiente é tão complicado quanto o controle das capivaras, pois não há nenhum produto químico capaz de fazer o controle de carrapatos em ambientes naturais.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por