Quase seis anos depois do acidente do voo AH5017 da Air Algérie em Malí, o Ministério Público de Paris solicitou a abertura de um julgamento por "homicídios involuntários" contra a companhia aérea espanhola Swiftair, proprietária do avião destruído, informaram fontes coincidentes à AFP nesta quinta-feira (11)
Quase seis anos depois do acidente do voo AH5017 da Air Algérie em Malí, o Ministério Público de Paris solicitou a abertura de um julgamento por "homicídios involuntários" contra a companhia aérea espanhola Swiftair, proprietária do avião destruído, informaram fontes coincidentes à AFP nesta quinta-feira (11).
O McDonnell Douglas MD-83 caiu em 24 de julho de 2014 no norte do Mali com 110 passageiros a bordo, dos quais 54 eram franceses, 23 burkineses, libaneses, argelinos e os seis membros da bagagem, todos eles espanhóis.
"Swiftair foi negligente ao não proporcionar um treinamento completo para sua tripulação", explicou o MP em sua acusação, em 3 de junho, e à qual a AFP teve acesso.
Devido a essas deficiências, o comandante e seu assistente de voo não acionaram o sistema de degelo, mesmo sendo necessário, o que causou a desaceleração do dispositivo e, por fim, seu acidente.
"Os pilotos, insuficientemente treinados nos sistemas de degelo, foram incapazes de reagir adequadamente na presença das condições de gelo" explicou o MP.
"É surpreendente e aterrorizante para os familiares saber que as vítimas embarcaram em um avião de linha pilotado por uma equipe temporária, que não teve o treinamento necessário", disse à AFP Bertrand Courtois, advogado das partes civis e da associação AH5017-Ensemble.
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