INTERNACIONAL

Muçulmanos iniciam mês de jejum à sombra do coronavírus

Centenas de milhões de muçulmanos em todo o mundo iniciam, nesta terça-feira (13), o Ramadã, o tradicional mês do jejum, à sombra do coronavírus, que forçou a suspensão ou redução das celebrações pelo temor do contágio

AFP
18/04/2021 às 02:22.
Atualizado em 22/03/2022 às 00:27

Centenas de milhões de muçulmanos em todo o mundo iniciam, nesta terça-feira (13), o Ramadã, o tradicional mês do jejum, à sombra do coronavírus, que forçou a suspensão ou redução das celebrações pelo temor do contágio.

A Europa, continente mais afetado pela pandemia, superou um milhão de mortes desde o início da crise de saúde, enquanto o sul da Ásia registra recordes de contaminações, em especial a Índia, país de mais de 1,3 bilhão de habitantes.

A vacinação se tornou a única esperança para populações cansadas de restrições. A Índia autorizou nesta terça o uso da vacina russa Sputnik V, um dia depois de o país registrar 161.000 contágios adicionais, superando pelo sétimo dia consecutivo a marca de 100.000 novos casos diário.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em todo o mundo se aproxima de três milhões, segundo o balanço da AFP com base em fontes oficiais.

Neste contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a pandemia de covid-19 entrou em uma fase "crítica" com as infecções se acelerando, apesar das restrições e das campanhas de vacinação.

Da Indonésia ao Egito, milhões de muçulmanos iniciam o jejum sagrado do Ramadã, um dos cinco pilares do Islã. A pandemia impõe, no entanto, restrições, que variam de país a país.

Em Jacarta, a mesquita de Istiqlal - a maior do sudeste asiático - recebeu os fiéis pela primeira vez na segunda-feira à noite após mais de um ano de fechamento devido ao coronavírus.

Mohamad Fathi, morador da capital indonésia, afirmou à AFP que este ano o Ramadã é mais feliz que o de 2020, quando os fiéis não foram autorizados a participar nas orações da tarde do "tarawih"

"O ano passado foi muito triste, não fomos autorizados a frequentar a mesquita para a oração do tarawih", explicou.

"Mas este ano estou muito feliz porque podemos orar na mesquita, embora sob estritas medidas de controle sanitário", exclamou.

O governo da Indonésia - a maior nação de maioria muçulmana - determinou limites para as mesquitas, que podem receber apenas 50% de sua capacidade total. Além disso, os fiéis devem usar máscara e carregar os próprios tapetes de oração.

Muitas regiões indonésias proibiram as reuniões habituais ao final do jejum, e os líderes religiosos estimulam as pessoas a orar em suas casas nas regiões com altos níveis de contaminação.

A Arábia Saudita, um dos países com o maior número de locais sagrados do islã, anunciou que apenas pessoas imunizadas contra a covid-19 poderão participar na umrah, a pequena peregrinação à Meca, a partir do início do Ramadã.

No Egito, as restrições são muito menos rígidas que no ano passado e as pessoas celebraram nas ruas o início do mês de jejum.

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