INTERNACIONAL

Mundo amplia seu arsenal para acelerar vacinação contra a covid-19

A propagação de duas variantes da covid-19, aparentemente mais contagiosas, especialmente no Reino Unido e na África do Sul, torna ainda mais urgente acelerar a vacinação no mundo, um enorme desafio logístico com algumas perguntas ainda sem respostas

AFP
06/01/2021 às 16:31.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:06

A propagação de duas variantes da covid-19, aparentemente mais contagiosas, especialmente no Reino Unido e na África do Sul, torna ainda mais urgente acelerar a vacinação no mundo, um enorme desafio logístico com algumas perguntas ainda sem respostas.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta quarta-feira (6) a vacina norte-americana Moderna, depois de ter começado a administrar o imunizante da Pfizer/BioNTech em 26 de dezembro.

Estas duas vacinas já foram aprovadas nos Estados Unidos desde meados de dezembro. O Reino Unido começou a vacinar sua população em 8 de dezembro com a Pfizer/BioNTech e na segunda-feira se tornou o primeiro país do mundo a autorizar a da AstraZeneca/Oxford, seguido por países como Argentina e México.

A Rússia iniciou sua campanha em 5 de dezembro com sua própria vacina, a Sputnik V. Os chineses começaram em meados de 2020, contando especialmente com suas próprias vacinas mais avançadas, Sinopharm e Sinovac.

Segundo dados compilados pela AFP, mais de 15 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina no mundo, dos quais 4,8 milhões nos Estados Unidos até o dia 5 de janeiro, e 4,5 milhões na China, até 31 de dezembro.

Israel lidera a corrida: com 17% de sua população "imunizada" após a aplicação da primeira dose da vacina Pfizer/BioNTech, na terça-feira o país autorizou o uso da Moderna.

Outros 58 projetos de vacinas são objetos de testes clínicos, segundo a OMS.

Os resultados dos ensaios clínicos das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, que compartilham da mesma tecnologia chamada RNA mensageiro, comprovaram uma taxa de eficácia muito alta de 95% e 94,1%, respectivamente, após a administração de duas doses. A AstraZeneca/Oxford tem uma média de 70%.

Estas conclusões foram publicadas por revistas científicas e/ou pela FDA, agência americana que regula alimentos e medicamentos no país.

A vacina russa Sputnik V e a chinesa Sinopharm reivindicam uma eficácia de 91,4% e 79%, mas os dados científicos detalhados não foram publicados.

Por outro lado, a da AstraZeneca/Oxford é mais vantajosa em relação ao seu preço de 3 dólares a dose, e as da Moderna e Pfizer/BioNTech possuem problemas logísticos por necessitarem para sua conservação a longo prazo de refrigeradores a uma temperatura de -20º C e -70 ºC.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por