INTERNACIONAL

Mundo celebra 2021 com discrição, à sombra da pandemia

Com público reduzido na Times Square, praias quase vazias no Rio de Janeiro e Champs-Élysées praticamente desertos em Paris, o mundo recebeu discretamente o ano de 2021, sob a sombra da pandemia da covid-19

AFP
01/01/2021 às 10:41.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:39

Com público reduzido na Times Square, praias quase vazias no Rio de Janeiro e Champs-Élysées praticamente desertos em Paris, o mundo recebeu discretamente o ano de 2021, sob a sombra da pandemia da covid-19.

Após meses de restrições por conta dessa contagiosa doença que deixou mais de 1,8 milhão de mortos em todo mundo, as novas ondas da pandemia obrigaram grande parte da população a acompanhar a festa do sofá em casa.

Em Nova York, o bairro de Manhattan foi bloqueado, e as pessoas foram orientadas a acompanhar pela televisão os shows de estrelas como Jennifer Lopez e Gloria Gaynor que, aos 77 anos, cantou seu grande e antigo hit "I will survive".

Na Times Square, que a cada 31 de dezembro fica lotada de pessoas eufóricas à espera da "queda da bola" sob uma chuva de papel picado, a multidão foi substituída por profissionais da linha de frente no combate à covid-19, especialmente convidados e separados por cercas para garantir o distanciamento social.

"Este ano não pode ser pior do que o passado", disse Jordan Mann, uma atriz de 31 anos que passou a noite em casa com os companheiros com os quais mora.

O prefeito Bill de Blassio disse que 2020 foi, "sem dúvida, o ano mais difícil da história de Nova York". E prometeu: "Em janeiro, vamos vacinar um milhão de nova-iorquinos".

Os Estados Unidos são o país com maior número de mortos no mundo. Ainda assim, o presidente eleito Joe Biden, que assumirá o cargo em três semanas, disse estar otimista.

"Os Estados Unidos podem fazer qualquer coisa, e estou totalmente confiante de que voltaremos e ainda mais fortes", disse ele à rede ABC.

O Brasil, segundo país com mais óbitos pela pandemia, recebeu 2021 com sua emblemática praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, quase deserta em vez das milhões de pessoas que recebe normalmente todo o 31 de dezembro para celebrar o Ano Novo com banhos de mar e fogos de artifício.

A polícia impediu o acesso às praias do Rio e, à meia-noite, alguns fogos de artifício foram disparados. Também foram ouvidos panelaços de "Fora, Bolsonaro!", um presidente bastante criticado por minimizar uma pandemia que já matou cerca de 195.000 pessoas no Brasil.

Aplaudida por sua gestão do coronavírus, a Nova Zelândia deu as boas-vindas ao novo ano com multidões reunidas em Auckland para uma exibição de fogos de artifício.

Em Sydney, a maior cidade da Austrália, os fogos de artifício da véspera de Ano Novo iluminaram o porto com um show deslumbrante, mas com poucos espectadores.

"Acho que o mundo inteiro está olhando para 2021 como um novo começo", disse Karen Roberts, uma das poucas sortudas que puderam assistir aos fogos perto da famosa Opera House, de Sydney.

Em Madri, os espanhóis comeram as 12 uvas com as baladas do famoso relógio da Puerta del Sol do sofá de suas casas, já que a famosa praça da capital espanhola estava completamente vazia nesta passagem de ano.

Não houve comemorações na cidade de Londres, como recomendado pelo governo, que pediu às pessoas que ficassem em casa para evitar a propagação do vírus com o slogan "Faça como se estivesse".

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