INTERNACIONAL

Mundo celebra Natal diferente em tempos de confinamento

O Natal peculiar e triste foi celebrado em muitos países, com milhões de pessoas obrigadas a cancelar seus planos ou a limitar os festejos devido às restrições impostas para lutar contra a propagação da pandemia do novo coronavírus

AFP
25/12/2020 às 08:09.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:12

O Natal peculiar e triste foi celebrado em muitos países, com milhões de pessoas obrigadas a cancelar seus planos ou a limitar os festejos devido às restrições impostas para lutar contra a propagação da pandemia do novo coronavírus.

A covid-19 provocou mais de 1,7 milhão de mortes em todo o planeta e os focos de contágios que continuam surgindo servem de recordação que, apesar da chegada das primeiras vacinas, a vida não voltará rapidamente à normalidade.

O papa Francisco celebrou sua tradicional com apenas 200 convidados, rigorosamente separados e usando máscaras, na imensa Basílica de São Pedro. O horário foi antecipado em duas horas, para as 19H30 locais, para cumprir o toque de recolher em vigor na Itália, que começa às 22H00.

"O tempo que temos não é para sentirmos pena de nós mesmos, mas para consolarmos as lágrimas dos que sofrem", declarou o papa argentino, segundo a homilia, dirigida a mais de 1,3 bilhão de fiéis em todo o mundo.

"Falamos muito, mas muitas vezes somos analfabetos quanto à bondade", acrescentou o papa. "Insaciáveis de possuir, nos lançamos em tantos presépios de vaidade, esquecendo o presépio de Belém", explicou.

Do lado de fora, a monumental Praça de São Pedro, iluminada com sua grande árvore de Natal, estava completamente deserta.

Na Basílica da Natividade em Belém, poucos fiéis e clérigos celebraram a missa do Galo à meia-noite.

Na capela adjacente à basílica, geralmente lotada no Natal, as autoridades religiosas permitiram a entrada de apenas alguns convidados.

"Não podem dar as mãos, mas podem desejar paz uns aos outros", afirmou o patriarca latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa.

"Apesar do medo e da frustração, superaremos esta prova porque Jesus nasceu em Belém", completou.

Durante o dia, poucas pessoas acompanharam a tradicional procissão de Natal nas ruas de Belém, que normalmente atrai milhares de peregrinos.

"Este ano é diferente porque não viemos para rezar na igreja da Natividade, nem conseguimos reunir a família. Todos estão com medo", confessa Jani Shaheen, ao lado do marido e dos dois filhos, diante da basílica construída onde teria nascido Jesus Cristo.

Nos Estados Unidos, onde a covid-19 segue em propagação acelerada, com quase 3.300 mortos e 223.000 casos confirmados em 24 horas, o Natal também foi marcado pela pandemia.

Em seu clube em Mar-a-Lago, Flórida, o presidente Donald Trump, cada vez mais isolado em sua tentativa de reverter a vitória eleitoral de Joe Biden, publicou seus desejo de fim de ano no Twitter entre várias mensagens insistindo, sem provas, na tese de "fraude" na votação.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por