INTERNACIONAL

Mundo supera as 800.000 mortes por COVID-19 e aumenta alerta de novos surtos

O respiro durou pouco. As medidas de restrição para conter a propagação do coronavírus se multiplicam a cada dia, em meio a alertas de novos surtos da pandemia, que já deixa mais de 800

AFP
22/08/2020 às 10:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 15:53

O respiro durou pouco. As medidas de restrição para conter a propagação do coronavírus se multiplicam a cada dia, em meio a alertas de novos surtos da pandemia, que já deixa mais de 800.000 mortos no mundo.

O reconfinamento parcial e o uso de máscaras voltaram a ser obrigatórios em muitos países devido a um vírus que não para e já matou 800.004 pessoas e infectou 23 milhões desde seu surgimento em dezembro na China, segundo um balanço de AFP com base em fontes oficiais.

Geralmente escassas, as boas notícias são recebidas com esperança. A OMS considerou que a situação se estabilizou no Brasil, o mais afetado da América Latina, segundo país em números absolutos de casos (3,5 milhões) e mortes (113.358).

Na Europa, os novos surtos são mais que preocupantes. Na França, onde mais de 4.500 novos casos de COVID-19 foram registrados nas últimas 24 horas, a máscara, já obrigatória em setores de Paris e cidades como Nice, também é agora em Toulouse e Lyon a partir deste sábado.

Obrigatória mas não sem reservas ou críticas. "Por que não as colocamos nos animais (...) já que podem transmitir o vírus? É uma grande piada. É só um grande negócio", estimou o comerciante Bernard Brouquisse.

Mas a realidade parece estar longe de ser uma piada. A Alemanha superou os 2.000 novos casos nas últimas 24 horas, um número que não era registrado desde o final de abril, durante o pico da pandemia.

Em Madri, agora recomenda-se à população que se confine nas áreas mais afetadas pelo coronavírus, quando o número total de casos diagnosticados na Espanha aumentou em mais de 8.000 em 24 horas.

O mesmo rigor chega na Inglaterra, onde o confinamento se endureceu em várias áreas do noroeste e a segunda cidade mais populosa do país, Birmingham, está sob vigilância.

Fora da Europa a situação também é preocupante. Coreia do Sul, que foi considerada um exemplo no combate à pandemia, registrou mais de 300 casos declarados em dois dias seguidos e anunciou neste sábado que aumentará as restrições a partir de domingo.

Na Dinamarca, que enfrenta um aumento de casos e novos surtos, o uso de máscara - até agora apenas uma recomendação - será obrigatório a partir deste sábado nos transportes públicos.

Em outro canto do planeta, após quase 100 dias livre da COVID-19, a província argentina de Jujuy, na fronteira com a Bolívia, sofre um aumento exponencial de casos que a mantém à beira de um colapso sanitário.

"Esperamos acabar com esta pandemia em menos de dois anos. Principalmente se conseguirmos unir nossos esforços", disse na sexta-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O país mais afetado do mundo, Estados Unidos, soma 5,6 milhões de casos e mais de 175.416 mortes. Mas os contágios diminuíram nas últimas três semanas e o número de mortes, estável em 1.000 por dia desde o final de julho, deve começar a diminuir.

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