INTERNACIONAL

Mundo ultrapassa 1 bilhão de vacinas anticovid administradas

O mundo superou a marca de um bilhão de doses administradas contra a covid-19 neste sábado (24), que, no entanto, continua deixando um recorde de mortes na Índia, com mais de 2

AFP
24/04/2021 às 17:44.
Atualizado em 22/03/2022 às 03:28

O mundo superou a marca de um bilhão de doses administradas contra a covid-19 neste sábado (24), que, no entanto, continua deixando um recorde de mortes na Índia, com mais de 2.600 em 24 horas, e avançando em vários países latino-americanos.

Desde dezembro de 2019, a pandemia causou três milhões de mortes e infectou mais de 145 milhões de pessoas. Na sexta-feira, mais de 893 mil casos de coronavírus foram registrados em todo o mundo, um número diário de infecções recorde.

Para fazer frente a isso, os países lançaram campanhas massivas de vacinação há cinco meses e neste sábado o bilhão de doses administradas de vacinas anticovid foi ultrapassado, de acordo com uma contagem feita pela AFP.

No entanto, 58% dessas vacinas foram injetadas em três países: Estados Unidos (225,6 milhões), China (216,1 milhões) e Índia (138,4 milhões), segundo a contagem feita com fontes oficiais.

Israel é o país com o maior percentual de população totalmente vacinada, cerca de 60%, seguido pelos Emirados Árabes Unidos (mais de 51%), Reino Unido (49% com pelo menos uma dose), Estados Unidos (42%) e Chile (41%).

Apesar do avanço da vacinação, o coronavírus continua deixando registros de óbitos na Índia, onde emergem imagens dramáticas: pessoas morrendo nas portas de hospitais, crematórios saturados e uma grave falta de oxigênio.

Oficialmente, o número total de mortos é de cerca de 190.000 na Índia, onde vivem 1,3 bilhão de pessoas. Nas últimas 24 horas, também foram registrados 340 mil novos casos, o que eleva o número total de infecções em 16,5 milhões.

Nos últimos três dias, foram contabilizados mais de um milhão de novos casos. Uma nova variante e um festival religioso hindu que reuniu dezenas de milhares de pessoas em várias partes do país nos últimos dias explicam o agravamento da situação na Índia.

O governo central enviou trens especiais com oxigênio para hospitais localizados em regiões remotas, onde devem ser escoltados pelas forças da ordem, e estimula a produção de empresas locais, mas a situação não melhora.

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que nos países ricos uma em cada quatro pessoas é vacinada, enquanto naqueles com menos recursos apenas uma em 500 é imunizada.

E se o objetivo de todos é a imunidade coletiva em um planeta onde quase não há fronteiras, essa desigualdade pode custar caro.

No Equador, um dos países da América Latina mais afetados pela pandemia e onde quase 6.000 casos foram registrados em 24 horas, o governo impôs toques de recolher de 57 horas nos próximos quatro fins de semana para aliviar as infecções.

"O compromisso é ficar em casa. (...) Tudo estará fechado, faltam apenas dois dias, pedimos compreensão", disse o presidente do Comitê de Operações de Emergência (COE), Juan Zapata.

Em contrapartida, a Cidade do México atingiu esta semana seu nível mais baixo no número de pessoas hospitalizadas pelo vírus desde abril do ano passado, informou o prefeito da capital mexicana neste sábado.

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