De Bogotá a Mumbai, passando por Paris, milhões de pessoas devem respeitar a partir deste fim de semana novos confinamentos e toques de recolher contra um aumento dos casos de coronavírus, enquanto a falta de doses e o medo dos efeitos colaterais afetam a vacinação
De Bogotá a Mumbai, passando por Paris, milhões de pessoas devem respeitar a partir deste fim de semana novos confinamentos e toques de recolher contra um aumento dos casos de coronavírus, enquanto a falta de doses e o medo dos efeitos colaterais afetam a vacinação.
Neste sábado (10), o estado indiano de Maharashtra e sua capital Mumbai iniciaram um confinamento de fim de semana, em um momento em que o país vive uma nova onda de contágios, somada à escassez de vacinas, medicamentos e leitos nos hospitais.
A campanha de vacinação dos 1,3 bilhão de habitantes da Índia também está com problemas. O país administrou apenas 94 milhões de vacinas e as doses estão se esgotando, segundo as autoridades.
Na Colômbia, os oito milhões de habitantes da capital Bogotá também terão que respeitar um confinamento de fim de semana. A Colômbia registra mais de 2,5 milhões de casos e mais de 64.000 mortes por covid-19.
Os números na Argentina são igualmente preocupantes. O país também supera os 2,5 milhões de casos e quase 57.000 mortes por coronavírus.
Na Venezuela, o líder opositor Juan Guaidó acusou o governo do presidente Nicolás Maduro de mentir sobre a falta de vacinas no país.
"Disseram que compraram 10 milhões de vacinas [russas Sputnik V], onde estão as 10 milhões de vacinas?", questionou.
Guaidó reagiu às declarações do ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, que disse em uma entrevista à AFP que sem as sanções, as autoridades teriam "comprado há três meses as 30 milhões de vacinas que fazem falta no país".
A Venezuela, que enfrenta uma nova onda de contágios, está com muitos hospitais lotados de pacientes de coronavírus e que não possem os meios necessários para atendê-los.
Segundo dados oficiais, o país registrou 171.000 casos e 1.720 mortes, mas esses números foram questionados por ONGs.
Em toda América Latina e Caribe, a pandemia já cobrou mais de 823.000 vidas e provocou mais de 26 milhões de casos.
O Brasil, país mais afetado da região com quase 350.000 mortos, foi novamente na sexta-feira o que registrou mais óbitos por covid-19 em todo o mundo (3.693), segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais.
O presidente Jair Bolsonaro, acusado de ter minimizado a gravidade da pandemia desde o início, se diz vítima de uma campanha judicial, após a criação de uma comissão no Senado para investigar supostas "omissões" do governo na gestão da covid-19.
A expansão da variante brasileira, mais contagiosa, levou a Bolívia na sexta-feira a ampliar o fechamento de sua fronteira com o Brasil.