INTERNACIONAL

Netanyahu é encarregado de formar governo de coalizão em Israel

O presidente israelense encarregou nesta quinta-feira o primeiro-ministro interino, Benjamin Netanyahu, de formar novo governo depois que o parlamento aprovou a coalizão com seu rival, Benny Gantz, com o que vislumbra o fim da crise política mais longa da história política do país

AFP
12/05/2020 às 16:05.
Atualizado em 30/03/2022 às 00:08

O presidente israelense encarregou nesta quinta-feira o primeiro-ministro interino, Benjamin Netanyahu, de formar novo governo depois que o parlamento aprovou a coalizão com seu rival, Benny Gantz, com o que vislumbra o fim da crise política mais longa da história política do país.

Os partidos políticos de ambos já haviam definido a data de 13 de maio para iniciar esse governo.

Após intensos debates, que duraram até o final da quarta-feira, sobre emendas ao projeto, o acordo foi aprovado nesta quinta de manhã.

Havia pouca dúvida sobre o resultado, uma vez que o Likud (direita) de Netanyahu e a legenda centrista Azul-Branco do ex-chefe do Exército Benny Gantz e seus respectivos aliados têm maioria no Parlamento.

"A sessão plenária do Knesset [Parlamento israelense] aprovou as emendas [ao projeto de governo de união] em segunda e terceira leituras. 71 deputados votaram a favor, e 37, contra", informou o Legislativo em um comunicado.

Na quarta-feira à noite, o Supremo Tribunal, ao qual recorreram várias organizações que questionavam a legalidade do acordo, aprovou a formação do governo.

Netanyahu permanece, porém, acusado de corrupção em vários casos e seu julgamento, adiado pela pandemia de coronavírus, deve começar ainda este mês.

"Não encontramos nenhuma razão legal para impedir que o primeiro-ministro Netanyahu forme um governo (...) mas essa conclusão a que chegamos não diminui as acusações contra o primeiro-ministro", disseram os juízes.

Netanyahu e Gantz já anunciaram que apresentarão o novo governo em 13 de maio, no qual os ministérios serão igualmente divididos entre os dois campos.

Além de compartilhar o poder e manter Netanyahu no cargo de primeiro-ministro pelos próximos 18 meses, o governo terá de administrar a saída do confinamento e a reativação da economia israelense.

Também terá de dar detalhes sobre o projeto para anexar partes da Cisjordânia, ocupada por Israel.

Após meses de crise, Benny Gantz concordou em formar uma coalizão com Benjamin Netanyahu, apesar de seu indiciamento, para permitir o fim do bloqueio político em plena pandemia.

O novo coronavírus contaminou cerca de 16.000 pessoas no país, com 239 mortes, e disparou o desemprego, que pulou de 3,4% para 27%.

Netanyahu já anunciou a reabertura das escolas primárias, bem como a maioria dos comércios e empresas, que podem agora reunir até 50% de seus funcionários no mesmo local.

Além disso, milhares de palestinos retomaram seus trabalhos em Israel.

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