INTERNACIONAL

New START: importante tratado de desarmamento nuclear entre Rússia e EUA

Rússia e Estados Unidos têm até 5 de fevereiro para prolongar um tratado-chave de desarmamento de seus arsenais nucleares, o New START, o último pacto deste tipo selado pelos dois velhos rivais da Guerra Fria

AFP
22/01/2021 às 12:55.
Atualizado em 23/03/2022 às 21:12

Rússia e Estados Unidos têm até 5 de fevereiro para prolongar um tratado-chave de desarmamento de seus arsenais nucleares, o New START, o último pacto deste tipo selado pelos dois velhos rivais da Guerra Fria.

Esses são os elementos-chave do texto que o novo presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, diz estar disposto a prolongar por mais cinco anos.

O acordo foi assinado em 2010 na capital da República Tcheca, Praga, pelos dois presidentes da época: o americano Barack Obama e o russo Dmitri Medvedev. Foi um elemento fundamental da política de "recomeço" do momento, uma tentativa do governo americano de retomar as relações com o Kremlin.

As negociações sobre sua extensão antes de 5 de fevereiro ocorrem em um contexto de desconfiança mútua máxima, a maior desde a Guerra Fria, entre acusações de interferência eleitoral, de espionagem e, mais recentemente, de ataques cibernéticos.

O acordo New START estabelece que ambas as potências nucleares podem possuir, como máximo, 1.550 ogivas cada um (cerca de 30% do limite marcado em 2002). Também limita o número de lançadores e de bombardeiros pesados para 800, uma quantidade que, no entanto, ainda basta para destruir a Terra várias vezes.

O tratado também envolve uma série de inspeções mútuas das instalações militares, um pilar da política de desarmamento denominado "Confia, mas verifica", defendido pelo ex-presidente americano Ronald Reagan.

O processo de renovação do tratado é simples e exige apenas que Washington e Moscou o aprovem através de uma nota diplomática.

As negociações para renovar o acordo estiveram em ponto morto durante toda a presidência de Donald Trump, que queria incluir a China, outra potência nuclear importante, nas restrições dos arsenais.

Durante uma rodada de negociações organizada em Viena no ano passado, o emissário americano chegou a publicar no Twitter uma imagem da bandeira chinesa junto a uma cadeira vazia na sala de negociações. "A China não se apresentou", escreveu, apesar de a China não estar planejada para comparecer ao encontro.

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