VARIEDADES

Noel virtual

Chegou aquele momento do ano em que precisamos encarar uma dura realidade: o Papai Noel está no grupo de risco para covid-19

Estadão Conteúdo
14/11/2020 às 10:28.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:58

Chegou aquele momento do ano em que precisamos encarar uma dura realidade: o Papai Noel está no grupo de risco para covid-19. Características como a idade avançada e um certo sobrepeso devem colocá-lo em alerta. Ou seja, neste Natal não é recomendável puxar a barba ou se aproximar demais do bom velhinho.

A pandemia trouxe novos desafios para os noéis profissionais e vai mudar as tradicionais ações de marketing dos principais shopping centers do País. No Natal do novo normal, Noel faz reuniões pelo Zoom, lives no Instagram, responde WhatsApp e se apresenta em grandes telões ou utilizando-se de tecnologia de realidade aumentada.

A primeira diferença está na própria formação dos noéis. A Cia. do Bafafá, que oferece serviços de Papai Noel para empresas e, principalmente, cursos para os interessados em entrar nesse mercado, decidiu, por exemplo, não abrir aulas para iniciantes este ano. "Focamos naqueles com muita experiência no mercado, mas que precisaram se adaptar", explicou o diretor artístico da Cia. do Bafafá, Paulo Mendes.

A principal adaptação é deixar os idosos mais à vontade com os recursos tecnológicos para garantir a interação sem risco de imprevistos. "Fizemos cursos sobre redes sociais, internet e sobre todos os recursos que podem mantê-los empregados", completou.

Esse é o caso de Manuel Joaquim de Sousa, de 67 anos. Ele transformou a garagem da própria casa em um estúdio. Nada de descer pela chaminé ou se expor no trenó: é de lá que ele vai prestar serviço para shoppings, hotéis e casas de família. "Vou, por exemplo, fazer uma transmissão ao vivo para 50 chalés em Santa Catarina, interagir com 50 famílias", disse.

Apesar da novidade - e do desafio -, ele lamenta o distanciamento necessário nestes novos tempos. "Tive que aprender a trabalhar de forma virtual. Este ano, não vai ter a emoção de chegar a um shopping e ver a alegria das crianças. Nada substitui o abraço, mas as plataformas de transmissão e o acesso à tecnologia vão diminuir essa distância e compensá-la um pouco", completou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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