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'Nomadland' triunfa e Chloé Zhao faz história em Oscar marcado pela pandemia

"Nomadland" ganhou o Oscar de melhor filme neste domingo (25) e Chloé Zhao fez história ao ser reconhecida por sua direção, em uma edição peculiar da noite mais importante de Hollywood, que celebrou a diversidade e foi marcada pela pandemia

AFP
30/04/2021 às 15:11.
Atualizado em 22/03/2022 às 03:53

"Nomadland" ganhou o Oscar de melhor filme neste domingo (25) e Chloé Zhao fez história ao ser reconhecida por sua direção, em uma edição peculiar da noite mais importante de Hollywood, que celebrou a diversidade e foi marcada pela pandemia.

O drama sobre as pessoas de poucos recursos que percorre o território americano em caminhonetes também rendeu o prêmio de melhor atriz para Frances McDormand.

Anthony Hopkins surpreendeu ao triunfar como melhor ator, um prêmio que se esperava que fosse para o falecido Chadwick Boseman.

Nascida em Pequim, Zhao é a primeira asiática contemplada como diretora e a segunda mulher a fazê-lo depois de Kathryn Bigelow, que recebeu a estatueta dourada em 2010 por "Guerra ao Terror".

Zhai agradeceu à comunidade nômade que inspirou "Nomadland".

"Obrigada por nos ensinar o poder da resiliência da esperança. E por nos lembrar como é a verdadeira bondade", disse a cineasta no palco junto de McDormand e vários "nômades", que interpretaram versões ficcionais de si mesmos.

"Não tenho palavras. Minha voz está nas minhas costas. Sabemos que a espada é o nosso trabalho. E gosto do trabalho", disse depois a atriz, que se tornou a quarta mulher a ganhar três prêmios da Academia, depois de Meryl Streep, Ingrid Bergman e Katharine Hepburn.

Anthony Hopkins tornou-se, aos 83 anos, o ator de mais idade a ganhar um Oscar competitivo na história destes prêmios. O ator não viajou a Los Angeles, nem foi a um centro habilitado para aceitar o prêmio.

O filme, adaptado pelo dramaturgo francês Florian Zeller, também ganhou o prêmio de melhor roteiro adaptado. O escritor recebeu o prêmio em Paris.

A cerimônia heterodoxa foi celebrada sobretudo de forma presencial e ao vivo na estação ferroviária do centro histórico de Los Angeles, para poder respeitar os protocolos sanitários da pandemia, e reuniu as estrelas de Hollywood pela primeira vez em mais de um ano.

O prêmio de atriz coadjuvante foi, como se esperava, para a sul-coreana Youn Yuh-jung, pelo retrato da avó em "Minari", um drama autobiográfico sobre uma família coreana que migra para os Estados Unidos.

Em um apreciado discurso, ela disse que não acreditava nas competições e que não fazia sentido vencer Glenn Close, que voltou a perder o prêmio da Academia após ter sido indicada oito vezes.

"Interpretamos papéis diferentes, não podemos competir uma com a outra. Esta noite tive um pouco de sorte", acrescentou.

Close encarou com leveza sua mais recente derrota por "Era uma vez um sonho", ao participar de uma seção aparentemente improvisada sobre seus conhecimentos de música e rir às gargalhadas após fazer um passo incomum em uma festa tão sóbria.

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