Nova diretoria da Ilumina aguarda ata para tomar posse

A Gazeta apurou ontem que tão logo a nova diretoria da Associação Ilumina tome posse, há um acordo interno entre os membros eleitos de quitar imediatamente as dívidas trabalhistas e bancárias da entidade. Estas informações foram obtidas sob a condição de anonimato. 
A nova diretoria, segundo o interlocutor, só não tomou posse porque a ata da assembleia ainda não foi aprovada pelo cartório. "A eleição ocorreu no final do primeiro semestre deste ano, pouco antes do término do mandato da diretoria anterior, e as exigências do cartório estão sendo atendidas para que o processo se conclua", explicou.

Ele disse também que a dívida com o banco Bradesco, noticiada recentemente pela imprensa, não tem nada a ver com dívida do Hospital Ilumina. "Inclusive porque o hospital é um patrimônio público e não pode lastrear com seus bens qualquer transação bancária. O empréstimo em questão foi feito em nome de pessoa física".

Segundo ele, "foram emprestados R$ 400 mil em dezembro do ano passado para pagar 13º salário e férias dos funcionários do Hospital Ilumina. Com isso, até fevereiro deste ano não ficou nenhuma dívida pendente referente à unidade", detalhou.

"O empréstimo estava relacionado à expectativa de recebimento de emendas parlamentares. Mas como houve problemas de entendimento entre a prefeitura e a associação, a situação se complicou, porque as emendas não puderam mais ser repassadas". 

A confirmação desse fato, ainda de acordo com o interlocutor, é que a diretoria da entidade nunca foi notificada de nenhuma dívida bancária até hoje. "Por isso não existe qualquer risco de se penhorar bens do Hospital ou da Associação Ilumina".

Sem dinheiro em caixa e sem perspectiva, a única saída encontrada pela diretoria anterior foi o fechamento temporário do hospital. "Realizamos uma assembleia e decidimos pelo fechamento, até que a nova diretoria assumisse e pudesse tomar novas decisões". 

As informações que ele tem ainda são de que todos os integrantes da Associação Ilumina da nova diretoria, que aguardam para tomar posse, são de fora da cidade e devem chegar com uma nova filosofia de funcionamento, tentando expandir os horizontes da entidade, com novos projetos e parcerias. 

"Até onde eu sei, continuaria havendo a cota grátis de atendimento, para a população carente, mas com mudanças no estatuto, poderiam estabelecer novas parcerias e, assim, sobreviver", concluiu.