GENETICAMENTE MODIFICADOS

Nova fase do transgênico chega na área central

Objetivo é controlar a população do inseto em toda esta região

Juliana Franco
juliana.franco@gazetadepiracicaba.com.br
20/07/2016 às 11:14.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:02
Aedes transgênicos na palma da mão do secretário municipal de Saúde (Christiano Diehl Neto)

Aedes transgênicos na palma da mão do secretário municipal de Saúde (Christiano Diehl Neto)

Com capacidade de produção de 60 milhões de mosquitos geneticamente modificados por semana, a nova unidade da Oxitec do Brasil, que será instalada na área industrial Unileste, em Piracicaba, deve ser entregue ainda em 2016. O anúncio é do diretor da empresa, Glen Slade. "Do total de mosquitos que devem ser produzidos na cidade, vamos utilizar 20% localmente. Os outros 80% podem ser usados em qualquer área do mundo. A unidade fabril está em construção e deve ser finalizado ainda neste ano. A parte de construção está em bom ritmo, mas existe toda burocracia antes de iniciar a atuação na cidade", diz Slade. A empresa já seleciona os primeiros funcionários que devem atuar no município - cerca de 200 empregos diretos vão ser gerados. "Mas antes, eles vão passar por treinamento em nossa unidade localizada em Campinas", explica o diretor da Oxitec do Brasil. Centro Na manhã desta terça-feira (19), teve início a soltura do 'Aedes do Bem' no bairro São Judas - o espaço faz parte da aplicação do projeto na área central estendida do município. Como marco da nova fase do projeto, representantes políticos, membros da Oxitec e da sociedade se reuniram em frente à Escola Estadual 'Professor José de Mello Moraes' para a liberação dos primeiros mosquitos. Por semana, serão soltos cerca de 700 mil mosquitos transgênicos - média entre 100 e 200 mosquitos por semana. O objetivo é controlar a população do inseto em toda a região central do município. O projeto será realizado por dois anos. "A área central foi escolhida para a soltura dos mosquitos transgênicos por apresentar o maior Índice Breteau (mostra a infestação do mosquito Aedes aegypti) de Piracicaba. A última divulgação apontou número de 1,4 e, quando está acima de um, a situação é preocupante", explica o secretário municipal de Saúde, Pedro Mello. "A região central estendida de Piracicaba ainda tem características regionais. Além disso, é o espaço em que estão instaladas o Terminal Rodoviário e o Terminal Central de Integração, o Lar dos Velhinhos e a Rua do Porto. Cerca de 16 milhões de pessoas passam pela região, no ano", acrescenta. Além do São Judas, outros 10 bairros serão atingidos com a ação. O processo de soltura acontece da mesma forma como foi realizada na primeira etapa, ocorrida na região da Cecap/Eldorado. A diferença é o grau de alcance do projeto. "Há um volume maior de pessoas circulando na área central. O Cecap é uma região mais residencial e na área central há um volume maior de pessoas, o que é bom para a cidade, já que haverá um impacto maior de controle. Nos 11 bairros, vivem mais de 60 mil pessoas", diz o diretor da Oxitec do Brasil, Glen Slade.

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