INTERNACIONAL

Nova manifestação da oposição em Belarus após polêmica posse de Lukashenko

O movimento opositor começou a se concentrar, neste domingo (27), nas ruas da capital bielorrussa contra o presidente Alexander Lukashenko, que prestou juramento em segredo nesta semana, apesar dos protestos sem precedentes que enfrenta há semanas

AFP
27/09/2020 às 10:36.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:51

O movimento opositor começou a se concentrar, neste domingo (27), nas ruas da capital bielorrussa contra o presidente Alexander Lukashenko, que prestou juramento em segredo nesta semana, apesar dos protestos sem precedentes que enfrenta há semanas.

Desde a eleição presidencial de 9 de agosto, dezenas de milhares de pessoas saem às ruas todo domingo em Minsk para denunciar a reeleição de Lukashenko, que consideram fraudulenta. A mobilização não para, mesmo com a forte repressão.

As marchas deste domingo começaram às 14h00 (08h00 de Brasília).

No centro de Minsk, várias estações de metrô foram fechadas ao público antes do início do protesto, observaram repórteres da AFP, e o Palácio da Independência, sede do governo de Lukashenko e ponto de várias manifestações maciças recentemente, estava rodeado de barreiras e com uma forte custódia da polícia anti-distúrbios.

Várias praças também foram fechadas no coração da cidade, além de centros comerciais onde manifestantes se refugiaram em outras ocasiões.

"Somos milhões!", afirmou este domingo a rival de Lukashenko, Svetlana Tikhanóvskaya, em uma mensagem divulgada nas redes sociais em apoio ao protesto, "venceremos!", acrescentou.

No sábado, as autoridades detiveram cerca de 150 pessoas, em sua maioria mulheres e jornalistas, reunidas para protestar contra o governo presidencial.

Centenas de pessoas se manifestaram na marcha das mulheres no sábado. Algumas delas erguiam imagens da rival de Lukashenko e gritavam "Sveta, presidente", em alusão à principal líder da oposição.

Tikhanóvskaya, de 38 anos, atualmente refugiada na Lituânia, reivindica a vitória na eleição de 9 de agosto, após uma campanha eleitoral em que esta mulher, sem experiência política, conseguiu mobilizar multidões.

Ignorando as manifestações em massa, Alexander Lukashenko prestou juramento na quarta-feira para um sexto mandato, o que gerou protestos nesse mesmo dia. A cerimônia no palácio presidencial não foi anunciada e foi celebrada em segredo.

Pela manhã, o cortejo presidencial cruzou em alta velocidade a avenida principal de Minsk, fechada ao público. As forças de segurança foram implantadas ao redor da presidência.

"Esta posse alegada é evidentemente uma farsa", denunciou Tikhanóvskaya então, reivindicando mais uma vez sua vitória nas eleições presidenciais.

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