INTERNACIONAL

Nova vacina eficaz contra a covid-19 aumenta esperanças de vencer a pandemia

As esperanças mundiais de vencer a pandemia de covid-19 aumentaram nesta segunda-feira (16) depois que uma nova vacina experimental demonstrou uma eficácia de quase 95%, em meio a uma crescente onda de contágios e restrições para conter a propagação do vírus

AFP
16/11/2020 às 19:17.
Atualizado em 24/03/2022 às 01:25

As esperanças mundiais de vencer a pandemia de covid-19 aumentaram nesta segunda-feira (16) depois que uma nova vacina experimental demonstrou uma eficácia de quase 95%, em meio a uma crescente onda de contágios e restrições para conter a propagação do vírus.

A empresa de biotecnologia americana Moderna anunciou que sua candidata a vacina, ainda em testes, demonstrou ser 94,5% eficaz para evitar o contágio pelo novo coronavírus, fazendo subir as bolsas mundiais já impulsionadas por resultados preliminares promissores da semana passada.

A gigante farmacêutica Pfizer e sua sócia, a alemã BioNTech, informaram em 9 de novembro que sua vacina era 90% eficaz, segundo testes clínicos. Dois dias depois, o centro de pesquisas estatal russo Gamaleya e o fundo soberano de investimentos da Rússia reportaram 92% de eficácia para sua vacina Sputnik V.

A Moderna, cujos resultados surgem de um teste clínico de fase 3 com mais de 30.000 participantes - ainda não avaliado por cientistas independentes -, disse que espera ter 20 milhões de doses prontas antes do fim do ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comemorou estas notícias "animadoras", mas advertiu que faltam meses para uma disponibilidade generalizada e expressou sua preocupação com o aumento dos casos em muitos países.

"Uma vacina por si só não acabará com a pandemia", ressaltou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Os países que estão deixando que o vírus se propague sem controle estão brincando com fogo", acrescentou.

As infecções dispararam no mundo, superando os 54 milhões com mais de 1,3 milhão de mortes desde que o vírus surgiu na China, no fim de 2019.

Os contágios nos Estados Unidos, o país mais afetado do mundo pela pandemia, não cedem. Com um milhão de casos novos em menos de uma semana, o país registra mais de 11 milhões de infecções e mais de 246.000 mortes.

Na falta de uma estratégia nacional, vários estados tomaram medidas para evitar um crescimento exponencial de casos quando se aproxima o feriado de Ação de Graças que, segundo especialistas, pode potencializar os contágios.

Desde esta segunda-feira vigora uma ordem de confinamento no Novo México e também em Chicago, a terceira cidade do país. Nova York, o epicentro do surto durante a primavera, limitou o funcionamento de bares e restaurantes e avalia cancelar as aulas presenciais.

O presidente Donald Trump, acusado de complicar os esforços de mitigação, ao se negar a admitir a vitória de Joe Biden e cooperar com a equipe de transição, tentou atribuir a si os méritos dos feitos científicos.

"Por favor, lembrem que estas grandes descobertas, que porão fim à praga da China, foram realizadas sob a minha supervisão!", tuitou o presidente.

Biden, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, disse que esta é "uma razão para se sentir esperançoso", mas insistiu em que faltam "meses" para ter vacinas disponíveis e pediu respeito ao "distanciamento social e usar máscara".

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