Eleições 2022

O destino do Brasil nas eleições deste domingo

Os eleitores brasileiros vão escolher neste domingo quem vai governar o País nos próximos quatro anos, Lula, do PT, ou Jair Bolsonaro (PL)? No Estado de São Paulo ocorre também em segundo turno a eleição para governador, entre Tarcísio de Freitas e Eduardo Haddad. A votação será das 8h às 17h

Romualdo Cruz Filho
30/10/2022 às 06:47.
Atualizado em 30/10/2022 às 06:48
A votação será das 8h às 17h (Tânia Rêgo/Abr)

A votação será das 8h às 17h (Tânia Rêgo/Abr)


As eleições deste domingo (30) prometem muitas emoções. Para a presidência da República, de um lado está Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o número 13; do outro, Jair Messias Bolsonaro (PL), que chega às urnas com o 22. Em São Paulo, para o posto de governador, Tarcísio Freitas (Republicanos), carrega o número 10. Ele disputa a vaga com Fernando Haddad (PT), outro representante 13. 

Luciana Diniz Daniel, chefe da Zona Eleitoral 270ª, do Cartório Eleitoral de Piracicaba, disse que os 104 colégios eleitorais foram devidamente organizados dentro do prazo estabelecido para receberem 307.053 eleitores cadastrados e que um exército de pouco mais de 4.100 mil mesários e cerca de 500 apoiadores logísticos estarão a postos para um processo tranquilo e rápido, uma vez que no segundo turno a escolha se reduz de cinco para apenas dois candidatos: governador e presidente da república.

As eleições vão das 8h às 17 horas. A partir de então começam a ser divulgados os resultados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Caso o eleitor tenha perdido o título de eleitor, poderá votar com a identidade. Poderá ainda se apresentar com o e-título. Mas o celular não poderá seguir junto para a urna. Por uma questão de segurança, terá de deixá-lo em uma mesa disponibilizada exclusivamente para isso.

Todos os eleitores terão de fazer o teste de biometria, mesmo aqueles que não se cadastraram no Cartório com esta tecnologia, porque foi feita uma parceria entre o Tribunal Superior Eleitoral e os bancos de dados de outros órgãos oficiais do governo para o patrulhamento de informações biométricas.

“Muitas pessoas, ao renovar a carteira nacional de habilitação, realizaram a biometria e será a mesma usada para votar”, explicou Luciana. Mas como não se sabe exatamente quem tem ou quem não tem o cadastro, todos terão que tentar a liberação das urnas com as próprias digitais. “Serão feitas quatro tentativas, como no primeiro turno. Caso o sistema acuse que o nome do eleitor não consta no cadastro, a urna é liberada pelo chefe de seção para que a votação seja realizada”. 

Segundo ela, este procedimento biométrico é o mais demorado. “No entanto, por ser uma etapa mais simples, com apenas dois candidatos, não acreditamos que possa haver problemas, nem filas longas”. Luciana explica que a urna é uma máquina que fala com o mesário. “Quando o número do documento do eleitor é colocado no sistema, a máquina pergunta se se trata de fato de fulano de tal, com a resposta afirmativa ou negativa, há o avanço do processo. Não existe qualquer possibilidade de pular etapas. Esse passo a passo também pode ser acompanhado pelo eleitor, por isso a segurança do sistema. Mas como se tratam de máquinas e pessoas, é natural o risco de falhas, mas não o de adulteração, uma vez que a transparência é absoluta”. 

Lucina explica também que somente após o processo eleitoral será feito um levantamento sobre os eleitores que tiveram suas respectivas biometrias reconhecidas no momento da eleição. “Sendo assim, elas não precisarão se cadastrar novamente no Cartório Eleitoral, uma vez que já estão cadastradas no banco de biometria nacional compartilhado. Somente precisarão se cadastrar aqueles que ainda não têm biometria no sistema”. Essa informação vai ser automática, porque se se o leitor não conseguiu liberar a urna com a digital, precisará cadastrá-la posteriormente.

O juiz Lourenço Carmelo Tôrres, da 244a Zona Eleitoral, disse que é sempre importante que os eleitores tenham claro o candidato que vão votar e qual o número de cada um deles. “Ocorreram casos curiosos no primeiro turno de pessoas que reclamaram do fato de não aparecer a foto do candidato ao digitarem seus respectivos números, o que é impossível. Quando fomos entender a situação, eles estavam usando número do mesmo candidato, só que da eleição anterior. Mas como o candidato mudou de partido, o número dele nesta eleição também mudou”, conta.

Ou ainda, houve gente colocando o número de presidente em governador. “O sistema foi montado de traz para frente, começando pelo deputado estadual e deixando o presidente para último a fim de orientar as pessoas sobre a necessidade de escolher cada um deles, mas havia eleitor preocupado apenas com presidente da república e colocava o mesmo número em todos. Com isso, ele votou apenas na legenda e para presidente da República, muitos deles, sem saber exatamente as consequências disso”.

Luciana, recorda também que o mesmo aconteceu com pessoas que não sabiam da impossibilidade de votar em candidatos de outros estados. “Eles se simpatizavam por um determinado nome a deputado federal ou senador, mas que estavam concorrendo por Paraná ou Goiás, por exemplo. Não ia mesmo aparecer na urna, uma vez que cada estado elege o candidato do seu estado, sendo apenas e unicamente o candidato a presidente da República igual para todos”. Mas essas são curiosidades do primeiro turno, que não terão espaço para se repetir agora”, a não ser, claro, para governador, que cada estado deve eleger o seu.

Oura curiosidade, segundo Lourenço, é que as pessoas reclamaram que eram obrigadas a apertar duas vezes a tecla para votar, até que a votação de cada candidato fosse concluída. Ele explicou que isso não é verdade. “Há um delay na máquina para que a pessoa tenha tempo de conferir e se certificar de que não colocou o número errado e se a foto na tela corresponde à escolha que fez. Por isso que o teclado é liberado 5 segundos após a inserção do número e se a pessoa apertar a tecla antes disso não conseguirá votar. O que pode causar a impressão de que deve apertar duas vezes. É só prestar atenção que, após a colocação do número, logo abaixo aparece um texto pedindo para conferir se a escolha está correta”.

Festa da democracia

O juiz Luiz Antonio Cunha, da 270ª zona Eleitoral, disse as pessoas podem ir votar com a camiseta do seu candidato, com boné ou qualquer outro adereço que remeta à sua intenção de eleger este ou aquele candidato. O que não pode é tentar influenciar pessoas na fila, fazer boca de urna ou criar um clima que não seja republicano. “É um dia de festa, em que as pessoas manifestam nas urnas suas intenções, mas é quando precisamos respeitar as opiniões e escolhas. As pessoas têm o direito de escolher o candidato a ou b de acordo com a própria consciência. Essa opinião é muito importante, sem assédio, sem atropelos”, concluiu.

Saiba mais

O Cartório Eleitoral de Piracicaba é responsável por 888 urnas eletrônicas, distribuídas em 104 colégios eleitorais, incluindo Rio das Pedras, Saltinho e Charqueada. 

Na cidade de Piracicaba, das escolas que funcionarão como colégios eleitorais, 40 são escolas municipais. A maioria é estadual e há algumas privadas. Na segunda-feira as aulas nesses locais acontecerão normalmente.

De acordo com informações do Cartório Eleitoral, a 93ª Zona Eleitoral conta com 1.234 mesários e 128 pessoas no apoio logístico, um total de 1.362 integrantes.

Na 244ª são 1.050 mesários e 144 no apoio, correspondente a uma equipe de 1.194 membros. 
Na 277ª são mais de 1.800 mesários e cerca de 200 no apoio, um total aproximado de 2.000 pessoas. Totalizando uma equipe de cerca de 4.600 voluntários.

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