INTERNACIONAL

O trágico destino dos presidentes do Peru

Ser presidente do Peru é um desafio que já terminou mal algumas vezes, um histórico que não desmotivou os 18 candidatos que concorrem neste domingo, 11 de abril

AFP
08/04/2021 às 17:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 01:28

Ser presidente do Peru é um desafio que já terminou mal algumas vezes, um histórico que não desmotivou os 18 candidatos que concorrem neste domingo, 11 de abril.

Dos dez líderes desde o fim do regime militar em 1980, apenas Fernando Belaunde Terry (1980-1985) e Valentín Paniagua (oito meses entre 2000 e 2001) ficaram ilesos.

Segue a lista dos que acabaram condenados, julgados e até mortos.

Líder do partido social-democrata APRA, Alan García deu um tiro na própria cabeça quando estava prestes a ser detido pela polícia em sua casa em Lima, em 17 de abril de 2019. Ele tinha 69 anos.

Uma ordem de prisão cautelar foi expedida contra ele em uma investigação do Ministério Público sobre um escândalo de contribuições ilegais de campanha e propinas da construtora brasileira Odebrecht, acusações que ele sempre negou.

García governou duas vezes, nos períodos de 1985-1990 e 2006-2011.

Alberto Fujimori, que governou entre 1990 e 2000, tirou o país da crise econômica e derrotou a guerrilha.

Em 1992, ele deu um "autogolpe" e dissolveu o Congresso para governar como autocrata, enquanto os policiais cometeram crimes contra civis. Seu braço direito, Vladimiro Montesinos, montou um esquema de espionagem e suborno para silenciar os opositores.

Reeleito duas vezes, mandou sua renúncia por fax do Japão em 2000, em meio ao escândalo das revelações das manobras de Montesinos, que está preso.

Extraditado do Chile em 2007, Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão. O ex-presidente de 82 anos cumpre pena em uma delegacia de polícia.

Ele ficou livre por um ano após um perdão que mais tarde foi anulado.

Alejandro Toledo (2001-2006) enfrenta um pedido de extradição dos Estados Unidos, após ser acusado de receber 20 milhões de dólares em propina da Odebrecht em troca de contratos de obras públicas.

Aos 75 anos, ele passou sete meses detido nos Estados Unidos, mas foi enviado para prisão domiciliar devido à pandemia enquanto a justiça norte-americana decide se irá extraditá-lo ou não para o Peru. Lima também pediu a extradição de sua esposa, a belga Eliane Karp.

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