Combate às enchentes

Obra de desassoriamento no ribeirão Piracicamirim tem resultado positivo

De acordo com Odair de Melo, diretor de Defesa Civil, as chuvas fortes das últimas semanas, em Piracicaba e nas cidades da cabeceira do Piracicamirim - Saltinho e Rio das Pedras - teriam volume suficiente para provocar transbordamento

Da Redação
14/01/2023 às 07:58.
Atualizado em 14/01/2023 às 07:59
As irmãs Maria e Sônia Ezechiel, que moram no Maracanã, sofrerem com enchentes durante anos; enfim, em paz com o Piracicamirim (Isabela Borghese/Divulgação)

As irmãs Maria e Sônia Ezechiel, que moram no Maracanã, sofrerem com enchentes durante anos; enfim, em paz com o Piracicamirim (Isabela Borghese/Divulgação)

A obra de desassoreamento do ribeirão Piracicamirim, finalizada em junho do ano passado, mostrou resultados positivos já com as primeiras chuvas de verão, e evitou o transbordamento do manancial.

Os serviços consistiram no desassoreamento e abertura da calha do ribeirão em três pontos com o objetivo de ampliar o leito e impedir a invasão das águas a ruas e residências dos bairros por onde ele passa. O problema com as enchentes era antigo e sua resolução era uma reivindicação da população há anos, realizada agora em parceria entre a Prefeitura de Piracicaba e o Governo do Estado pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), por meio do programa Rios Vivos.

De acordo com Odair de Melo, diretor de Defesa Civil, as chuvas fortes das últimas semanas, em Piracicaba e nas cidades da cabeceira do Piracicamirim - Saltinho e Rio das Pedras - teriam volume suficiente para provocar o transbordamento, como ocorreu em janeiro de 2022.

“Neste início de ano chegou a passar água sobre a ponte no Jardim Oriente, mas o ribeirão Piracicamirim não transbordou. A calha ampliada comportou muito bem todo o volume de água, que foi grande. Sem dúvida, essa obra foi muito importante para a qualidade de vida dos moradores próximos ao ribeirão”, explicou Melo.

Os principais bairros atingidos com o alagamento Piracicamirim eram Morumbi, Maracanã e Bosque da Água Branca. Os trechos desassoreados, que somam mais de 3,5 km, ficam entre as avenidas Piracicamirim e Cássio Paschoal Padovani, seguindo até a avenida Antonio Fazzanaro e depois em trecho no bairro Bosque da Água Branca.

Maria Madalena Ezechiel, 69 anos, moradora na rua Frei Tomé de Jesus, no Maracanã, enfim, pode fazer as pazes com o Piracicamirim, seu “vizinho” de fundo. Ela mora no local há 50 anos, com a irmã Sônia Regina Ezechiel, e conta que as águas invadiram sua casa mais de uma vez. Na enchente de janeiro de 2022 perdeu quase tudo: camas, sofá, guarda-roupas… “Tive de jogar tudo fora”, contou.

“Nosso problema sempre foi esse: choveu, enchente. Agora que foi feito esse alargamento, melhorou muito. A chuva forte que deu esses dias, encheu, mas (o rio) estava limpinho e a água foi embora. O desassoreamento foi ótimo. Funcionou”, comemorou.

A água do Piracicamirim não chegou a entrar na casa do senhor Sidney José Ferreira, 80 anos, morador na rua Dario Brasil, também no Maracanã. Mas foram inúmeras as vezes que ela “bateu em sua porta” nos 32 anos em que mora ali, provocando tensão. “Melhorou 90%, porque 100% é difícil. Esse ano, com essas chuvas, não tivemos nenhum problema e acredito que não vamos ter. Um belo serviço que fizeram”, reforçou Ferreira.

Ação

Para a realização do desassoreamento, Piracicaba foi contemplada pelo programa Rios Vivos, do Governo do Estado, por meio do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica). 

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